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Descubra os encantos e a exuberância do Xingu no Pará

Cachoeira na Volta Grande do Xingu - Foto: WIlson Soares / A Voz do XIngu
Cachoeira na Volta Grande do Xingu - Foto: WIlson Soares / A Voz do XIngu
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Uma paisagem única, que ao primeiro olhar mais parece com cores da bandeira do Brasil.  Assim é a Lagoa do Jabuti, que fica às margens do Travessão da 8, distante cerca de 40 quilômetros da cidade de Altamira, no sudoeste do Pará.

As águas frias da Lagoa do Jabuti em Altamira

O lugar paradisíaco ainda é pouco conhecido e quem visita Altamira, deve sempre reservar um tempinho para tomar um banho na Lagoa do Jabuti. Além da beleza exuberante, o turista pode relaxar por aqui tomando um banho e viver uma experiência inesquecível, com passeio off road, remada, mergulho e meditação nas águas frias e esverdeadas que se confundem com as cores da floresta.

A professora altamirense, Iracema Pinheiro, aproveitou o feriado de sete de setembro para conhecer o igarapé e levou o sobrinho Wilson Júnior, 12 anos, para tomar um banho no local. “Uma maravilha sem igual. Na beira da estrada, todo mundo pode ter acesso sem pagar nada. Uma maravilha da natureza. O Pará ainda tem muito lugar desconhecido que precisa ser descoberto pelos turistas”, ressalta a professora.

Seguindo pela BR-230, mais conhecida como Rodovia Transamazônica, a 50km de Altamira, já na cidade de Brasil Novo, o turista vai se deparar com o Sitio Arqueológico Raízes do Xingu que há mais de 10 anos atrai visitantes e estudiosos de vários cantos do país.

Arqueologia e pesquisa científica em meio aos encantos do Xingu

Só para se ter uma ideia da importância do complexo arqueológico, ele já serviu de fonte de estudo e pesquisa para elaboração de inúmeros Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC)s, além de teses de mestrado e doutorado das universidades da região. Além disso, 52 animais de espécie única foram coletados no sítio e hoje fazem parte de pesquisa no Museu Paraense Emilio Goeldi, em Belém, um dos principais institutos de pesquisa em ciências naturais do Brasil.

O Raízes do Xingu também coleciona outros títulos curiosos, pois é aqui neste local que está a maior caverna de arenito do Brasil, uma rocha formada por grãos de areia. São 1,5 mil metros de extensão, divididos em vários salões e dois pisos.

Próximo da caverna os visitantes ainda podem apreciar uma bela cachoeira com cerca de 30 metros de altura. Para ter acesso a esse local paradisíaco, é preciso descer uma escada feita de pneus reciclados com cerca de 100 degraus.

Lá embaixo os visitantes ainda podem tomar banho em duas piscinas com água natural e em um lago. Quem visita o sitio ainda pode desfrutar de vários tipos de comidas feitas em fogão à lenha.

O melhor da culinária do Xingu para os turistas

No cardápio encontramos peixe frito, galinha caipira, carne de sol que vem acompanhados de salada verde, pirão e baião. A porção custa em média R$ 120 reais e é servida para quatro pessoas.

Tudo isso você encontra em um restaurante que fica próximo à cachoeira, rodeado de quiosques, onde se pode armar redes e descansar. O sítio fica aberto principalmente aos finais de semana e a entrada é de R$ 15 por pessoa. Se quiser pernoitar nos chalés, o valor é de R$ 65 por pessoa, com direito a café da manhã.

Se o turista quiser passar a noite nos barracões que ficam próximos à cachoeira, o valor é de R$ 50 unitário, também com café da manhã incluído.

Medicilândia tem sabor de chocolate

Seguindo pela BR-230 até o município de Medicilândia, o visitante vai conhecer a cidade reconhecida nacionalmente como a capital do cacau, por ser o maior produtor do fruto, que é a base do chocolate.

Medicilândia também tem um potencial incrível para o turismo ecológico. Além de várias cachoeiras o visitante pode conhecer a fábrica de chocolate da Cacauway.

Cachoeiras exuberantes atraem visitantes à região do Xingu paraense

Ainda na redondeza do município, o visitante também tem a oportunidade de conhecer um dos lugares mais bonitos do Pará, a Cachoeira Lagoa Azul, que fica a 15 quilômetros do centro de Medicilândia, na Agrovila Nova Fronteira.

A cachoeira tem águas azuis claras, em meio a uma queda de água de 10 metros, formando um pequeno lago de mais de dois metros de profundidade. Um local ideal para quem quer fugir da rotina e passar um final de semana em meio à natureza intacta. “Eu moro a cerca de 10 quilômetros daqui e sempre que posso venho e trago minha família para tomar um banho nesse lugar lindo e esquecer os problemas do cotidiano”, conta Danilo Lopes, secretário de Saúde de Medicilândia. 

Baixo Xingu, altas emoções

Para aqueles que preferem conhecer o rio e suas margens, nossa sugestão é seguir de Altamira até a região da Volta Grande do Xingu, trajeto que pode ser feito de lancha ou de carro até a Pousada Rio Xingu.

Formada por corredeiras, cachoeiras e praias de areia branca, a região da Volta Grande do Xingu oferece uma beleza exuberante, que só quem já teve a oportunidade de conhecer o Xingu, sabe do que estamos falando.

As variedades de espécies de peixes encantam os turistas que vêm à região para praticar a pesca esportiva. A lei por aqui é fisgar o peixe, fotografar e depois devolvê-lo à natureza, o chamado pesque e solte.

E não é que nós, durante a produção da matéria, conseguirmos fisgar um tucunaré de quatro quilos. A melhor temporada de pescar por aqui é entre os meses de abril a outubro, sendo que de abril a junho é excelente para a pesca dos grandes peixes de couro, como pirarara, surubim e jaú, como este fisgado pelo empresário Felipe Guilen, de São Paulo, que pesou 75 quilos e mediu 1,70 metros.

Hospedagem com conforto no meio da natureza abundante do Xingu

De julho a outubro tem muito tucunaré, cachorra e bicuda, além dos peixes de couro, só que estes em menor intensidade. Para se acomodar o turista pode se hospedar na Pousada Rio Xingu, que fica no topo de uma montanha, às margens do lendário e caudaloso rio Xingu. A pousada tem nove amplos e confortáveis apartamentos (sendo quatro triplos e cinco duplos), todos avarandados, com banheiro privativo, ar-condicionado, frigobar e telefone.

Eles têm capacidade para hospedar até 22 pescadores. A Pousada é a única instalada no sítio pesqueiro, um pedaço do Rio Xingu de extrema beleza, onde são encontradas rochas de granito ao longo do leito do rio, assim como inúmeras praias que ficam expostas no período de estiagem.

Aqui o turista basta trazer apenas suas tralhas de pesca, o restante é tudo por conta do empreendimento, inclusive, a certeza de que belos registros ele levará. A diária incluindo hospedagem, alimentação, guia turístico e embarcação, gira em torno de R$ 1.2 mil por pessoa, sendo que a pousada só atende a pacote de pesca com a permanência de no mínimo cinco dias na região.

Esses são alguns dos lugares paradisíacos que fazem parte do polo Xingu. Formado por dez municípios (Altamira, Anapu, Brasil Novo, Medicilândia, Pacajá, Placas, Porto de Moz, Senador José Porfírio, Uruará e Vitória do Xingu) que compõem a região do Xingu, o polo leva esse nome por causa do rio Xingu, um dos mais importantes do Norte do país e que corta vários municípios, incluindo Altamira, cidade polo da região.

Texto e Fotos: Wilson Soares – A Voz do Xingu

Comments 1

  1. Sandrinha says:

    Matéria maravilhosa! Parabéns!

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