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Esquema criminoso bilionário de contrabando de ouro ilegal da Amazônia tem como alvo 44 pessoas e empresas

Polícia Federal realizou operação, nesta quarta-feira (15) para desmontar esquema criminoso que contrabandeou mais de 13 toneladas do metal preciso. A justiça bloqueou do esquema criminoso R$ 2 bilhões de suspeitos de usarem notas fiscais eletrônicas para "esquentar" ouro extraído de garimpos ilegais na floresta.

Ouro extraído de garimpo ilegal da Amazônia. — Foto: AP Photo/Edmar Barros
Ouro extraído de garimpo ilegal da Amazônia. — Foto: AP Photo/Edmar Barros
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A operação da Polícia Federal realizada nesta quarta-feira (15) envolvendo o contrabando de ouro ilegal da Amazônia teve como alvo 44 pessoas (entre jurídicas e físicas), segundo apuração do g1. O esquema, de nível internacional, ocorria no Pará em um garimpo ilegal localizado supostamente na cidade de Itaituba, na região sudoeste do estado.

O esquema criminoso bilionário funcionava com a atuação de duas principais empresas como responsáveis pela compra do ouro ilegal.

No período de 31 de janeiro de 2020 a 25 de março de 2021 uma dessas principais empresas exportou o total de 2.373 kg de ouro, em um total de mais de R$ 693 milhões.

Já a outra empresa lucrou mais de R$ 2 bilhões na exportação de 9.635 kg de ouro, no período de 4 de outubro de 2016 ao final de março de 2021.

Segundo informações obtidas pelo g1, as demais empresas menores eram responsáveis pela comercialização do ouro para as duas principais compradoras.

Polícia Federal faz operação de combate ao contrabando de ouro extraído de garimpo ilegal — Foto: Divulgação/Polícia Federal
Polícia Federal faz operação de combate ao contrabando de ouro extraído de garimpo ilegal — Foto: Divulgação/Polícia Federal

O esquema facilitaria o envio do ouro para quatro países: Itália, Suíça, China e Emirados Árabes. Segundo a investigação, entre 2020 e 2022, a fraude na emissão de notas fiscais para dar ar de legalidade chegou a R$ 4 bilhões, o equivalente a 13 toneladas de ouro.

O forte esquema do grupo embasou os pedidos de decretação de busca e apreensão e bloqueio de bens e valores. Ao todo, foram 27 mandados cumpridos no Distrito Federal e em sete estados: Pará, Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas, São Paulo, Mato Grosso e Roraima.

A justiça também pediu a prisão temporária, pelo prazo de cinco dias, de três pessoas envolvidas no esquema criminoso. O g1 apurou que essas três pessoas possuem alto poder aquisitivo e poder de articulação, sendo a prisão necessária para impedir que eles se articulem para destruir provas, como notas fiscais ilícitas.

O inquérito que deu origem à operação e ao bloqueio dos bens foi aberto em 2021. Na ocasião, informações apuradas pela Receita Federal indicavam que uma organização criminosa mantinha um esquema para esquentar ouro extraído em garimpos ilegais. O esquentamento é uma prática que visa dar aparência legal para o ouro obtido ilegalmente.

Fonte: G1 Pará

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