Faltando uma semana para o fim do prazo da vacinação contra febre aftosa no Pará, Santarém, no oeste do Estado, sofre com a falta do imunizante. A situação tem preocupado os criadores de gado, que caso não cumpram a demanda, podem ter que pagar uma multa por cada animal não vacinado.
A campanha faz parte do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA), que tem como objetivo alcançar a cobertura vacinal estabelecida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em bovinos e bubalinos.
A vacinação pretende evitar prejuízos para a produção, assim como evitar a disseminação de doenças. Durante a primeira etapa, animais de todas as idades precisam receber o imunizante, no período de 1 a 30 de maio.
Entretanto, os criadores estão encontrando dificuldades para adquirir o imunizante que está indisponível na maioria dos pontos de distribuição.
Samuel Gláucio, é proprietário de uma casa agropecuária e membro do Sirsan, relata que são cerca de 5 laboratórios e estes não têm quantitativo de vacina para atender a produção.
“Há uma preocupação que essa vacina a gente tem que adquirir para manter o status que a gente se encontra. Então a gente fica preocupado porque nenhuma loja de revenda no baixo amazonas não está conseguindo adquirir a vacina” relatou.
Ele ressalta, ainda, que há um movimento para tentar conseguir um laboratório para produzir as vacinas para que o status possa ser mantido.
“Logo a gente pode sair de zona de vacinação, então para voltar pro que era, é mais complicado. Então estamos reivindicando com os órgãos fiscalizadores, junto ao Mapa, tentar intervir nessa situação porque está tendo muita dificuldade. Os produtores vão ficar sem vacinar, e entra a aplicação da penalidade que nesse caso seria injusta, já que não há vacina”. Enfatizou Samuel.
Uma reunião foi realizada no Sirsan na tarde desta segunda-feira (23), para discutir essa demanda e tentar intervir sobre a situação.
Fonte: G1 Santarém