Mais de R$ 149 milhões já foram liberados aos empreendedores cadastrados no programa de crédito Fundo Esperança, lançado pelo Governo do Pará em março deste ano. No período de 27 de março, data da primeira liberação de recurso, até a última quarta-feira (1), foram repassados mais de R$ 57 milhões para pessoas físicas e R$ 92 milhões para as empresas cadastradas. Os créditos têm como objetivo minimizar os impactos na economia paraense durante a pandemia da Covid-19.
“Esse período foi uma das maiores dificuldades que já vivemos em 21 anos de trabalho no nosso restaurante. Ficamos sem chão. Conseguir o fundo do governo, que nos trouxe de volta a esperança e resolveu nosso problema. Garantimos mercadorias para continuar com o serviço delivery e pagamos todas as contas”, conta a empresária Zilma Lobão, dona de um restaurante no município de Tucuruí, no sudeste do Pará.
Segundo o diretor comercial do Banco do Estado do Pará (Banpará), Jorge Antunes, cerca de 87 mil empreendedores se inscreveram no Fundo Esperança, e os recursos liberados já ajudaram 65 mil beneficiários. “Ao todo, serão R$ 200 milhões em crédito injetados na economia. Ainda temos pouco mais de 50 milhões para liberar”, informa. “Temos 22 mil empreendedores que se cadastraram, estão aptos a receber o crédito e não estão procurando o Banpará. Aproveitamos para chamá-los para que recebam o crédito”, frisa.
Rapidez – A alternativa contribuiu para a manutenção dos empreendimentos, e automaticamente, de empregos, renda e da capacidade de investimento das empresas e de trabalhadores autônomos do Pará. A empresária Carina Mathias, dona de uma loja de som automotivo, beneficiárias do Fundo Esperança, ressalta as facilidades que encontrou em todo o processo.
“Meus clientes são donos de bares e restaurantes e, com tudo praticamente fechado, as vendas da minha empresa caíram muito. O Fundo Esperança veio trazer a segurança de que eu precisava para conseguir pagar funcionários, aluguéis e contas sem atraso. O cadastro foi todo virtual e o processo foi rápido. Os juros foram muito baixos. Só começarei a pagar em setembro, quando já estiver mais estabilizada”, anseia.
A comerciante Benedita Damasceno, que há 15 anos é dona de uma taberna no bairro do Telégrafo, em Belém, aprovou a iniciativa do governo. “Depois que eu recebi o Fundo Esperança, além de conseguir pagar as contas, comprei mais mercadorias sortidas e um freezer para continuar trabalhando. Já estou sentindo as melhoras, todo dia consigo um lucrozinho no fim do dia”, celebra.
Gerenciado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme) e operacionalizado pelo Banpará, em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Pará (Sebrae), o Fundo Esperança, constituído por recurso estadual, foi criado, de forma temporária, para financiar créditos para empreendedores afetados com as adversidades econômicas durante a pandemia do novo coronavírus.
Os empréstimos podem ser pagos em até 36 meses, com 90 dias para quitar a primeira parcela. O limite do recurso é até R$ 2 mil, para pessoa física; até R$ 5 mil, para microempreendedor individual (MEI); até R$ 10 mil para microempresas, e até R$ 15 mil para empresas de pequeno porte. A taxa de juros é de 0,2% ao mês.
Fonte: Agência Pará