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Hospital do Tapajós em Itaituba, no Pará, é inaugurado com capacidade reduzida e somente para Covid-19

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A entrega do Hospital Regional do Tapajós (HRT) foi marcada por protestos nesta quinta (9). Segundo manifestantes, hospital ainda não oferta serviços de alta complexidade prometidos há anos. Iniciadas em 2013, as obras tiveram atraso, pois a conclusão estava prevista para dezembro de 2019.

Segundo o governo, a unidade tem capacidade para 164 leitos e vai ofertar serviços de alta complexidade, mas funcionará inicialmente com capacidade reduzida como referência somente para atendimento de paciente com sintomas de Covid-19.

Moradores que protestam com cruzes de madeira e cartazes em frente à unidade dizem que a população havia sido informada que o hospital iria funcionar somente com 20% da capacidade e sem leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A ausência de leitos no hospital deixa toda a região do Tapajós sem UTIs pela rede estadual, fazendo com que pacientes busquem atendimento ou sejam transferidos para outros municípios.

“Nossa reivindicação principal é que no município não há apenas pessoas enfermas de Covid-19. Temos outros problemas, como os cardíacos, ortopedia e doenças crônicas. Ainda não terá hemodiálise a princípio”, disse um morador.

Um dos manifestantes que chamou a atenção foi um paciente em tratamento de câncer, que fez um protesto em frente à unidade. A foto dele circulou pelas redes sociais.

Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) disse que o hospital inaugurou com 80% da capacidade, contando com 108 leitos clínicos e 20 leitos de UTI. A secretaria disse, ainda, que previsão é que até 1º de agosto o hospital esteja funcionando com 100% da capacidade.

Inauguração

O governador Helder Barbalho (MDB) esteve na inauguração. “Neste primeiro momento, vamos fazer o atendimento para pacientes com a Covid-19. Depois que atravessarmos a pandemia, ele voltará a dar suporte em saúde em outras especialidades”, afirmou.

Barbalho disse também que o hospital de campanha de Altamira, também para atender paciente com coronavírus, será entregue no próximo dia 18.

Segundo o governo, a hospital vai ofertar serviços de urgência e emergência de natureza clínica e cirúrgica nas áreas de clínica médica, clínica cirúrgica, clínica pediátrica e clínica obstétrica; e terá capacidade para atender cerca de 250 mil pessoas de Itaituba e outros cinco municípios da região de saúde do Tapajós – Novo Progresso, Trairão, Jacareacanga, Aveiro e Rurópolis.

O hospital também possui ambulatório com 9 consultórios para atendimento em clínica geral, traumatologia, ortopedia, cardiologia, infectologia e urologia. A seção ambulatorial terá, ainda, serviços de enfermagem, coleta de exames, farmácia, eletrocardiograma, psicologia, terapia ocupacional e serviço social. Também terá um centro cirúrgico com oito salas, sendo duas para obstetrícia.

Um dos procedimentos que será oferecido em nível ambulatorial é o de terapia renal substitutiva, com 22 máquinas de hemodiálise, além de um centro de diagnóstico com serviços de laboratório de análises clínicas, raios-X, raios-X telecomandado, mamografia, ultrassonografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética, ecocardiograma, eletrocardiograma, eletroencefalograma, Holter, Mapa, teste ergométrico, endoscopia e colonoscopia.

Fonte: G1 Pará

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