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Índios liberam a BR-230, mas dizem que vão voltar a bloquear a rodovia nesta segunda-feira, 29.

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A rodovia Transamazônica que estava bloqueada por indígenas desde o final da tarde de sexta-feira (26), no sudoeste do Pará, foi liberada na noite deste sábado.

A Polícia Rodoviária Federal juntamente com um Oficial de Justiça chegaram a ir ao local no fim da tarde de sábado para dar conhecimento aos indígenas sobre uma decisão judicial assinada pelo Juiz Álvaro José da Silva Sousa, responsável pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Altamira, determinando a desobstrução imediata da rodovia. Mas as lideranças indígenas não acataram a decisão alegando que a decisão fora emanada da Justiça Estadual e não da Justiça Federal. Os líderes exigiram a presença de representantes da Funai e do Ministério Público no local da manifestação. Houve uma reunião no local do protesto que resultou na suspensão do bloqueio.

Às 20h30min deste sábado,  a equipe da PRF voltou ao local da manifestação e constatou que o trânsito estava totalmente liberado nos dois sentidos da pista e foi informada pelas lideranças indígenas que neste domingo a rodovia deve permanecer com o trânsito liberado, sendo novamente interditada nesta segunda-feira, 29/04, quando deve ocorrer uma nova reunião com a participação de representantes do Ministério Público Federal e da FUNAI Brasília para tratar da pauta de reivindicações.

Os 150 índios que representam as etnias Xipaia, Assurini, Araweté, Arara e Kayapó reclamam de pelo menos 4 empresas contratadas pela Norte Energia, para realizar atividades nas aldeias como parte das compensações pela construção da hidrelétrica. Segundo os indígenas, essas empresas não teriam conhecimento adequado sobre a cultura desses povos indígenas.

Em nota, a Norte Energia informou que as empresas contratadas para executar programas e projetos do chamado “Plano Básico Ambiental do Componente Indígena”, foram vencedoras do processo de licitação.

A empresa ainda disse que respeita as populações indígenas, mas repudia ações que gerem transtornos ou impactem nas atividades da usina de Belo Monte.

Por Wilson Soares – A Voz do Xingu com a colaboração da jornalista Cristiane Prado

Foto: PRF/Altamira

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