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Automedicação é feita por mais de 70% dos brasileiros

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Basta dar aquela dorzinha de cabeça ou um mal-estar e a pessoa corre para a farmácia para comprar um remédio que ajude a aliviar logo o problema. Apesar de ser um hábito comum, a automedicação pode acarretar riscos à saúde.

Uma pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF), por meio do Instituto Datafolha, constatou que a automedicação é um hábito comum a 77% dos brasileiros que fizeram uso de medicamentos nos últimos seis meses. Quase metade (47%) se automedica pelo menos uma vez por mês, e um quarto (25%) o faz todo dia ou pelo menos uma vez por semana.

O vice-presidente do Conselho Regional de Farmácia (CRF), Marcelo Brasil alerta: “tem remédio que mascara os sintomas da doença, causa intoxicação e até mata”. Segundo ele, há medicamentos de venda livre, mas isso não quer dizer que alguns deles estejam livres de riscos ao paciente. O ideal é ter orientação médica. Brasil lembra, por exemplo, o caso do analgésico comprado para aliviar dores de cabeça. “A dor pode ser um alerta de um problema maior, gástrico ou até meningite, o remédio então vai resolver a dor momentaneamente, mas não vai tratar o real problema”, esclarece.

MAIS USADOS

De acordo com a pesquisa do CFF, foram identificados, também, os medicamentos mais utilizados pelos brasileiros nos últimos seis meses. A utilização de antibióticos (42%), é somente superada pelo porcentual declarado para analgésicos e antitérmicos (50%).

Em terceiro lugar ficaram os relaxantes musculares (24%). Marcelo Brasil explica que todos eles podem causar alergias, alguns provocam até intolerância, dependência e intoxicação.

O grande problema é que a dificuldade de acesso a um médico, somada a outras questões, como facilidade de acesso, desconhecimento dos riscos a autossuficiência do paciente, contribuem e até incentivam a automedicação. Nesses casos, o farmacêutico é a pessoa capacitada para orientar as pessoas que buscam remédios sem receita, mas somente os que não são tarjados.

A operadora de caixa, Roseni Oliveira, 32, prefere usar o receituário médico, mas confessa que quando o assunto é dor de cabeça, o analgésico é sempre o mesmo a ser comprado. “Vou lá e compro pra mim e pro meu marido”, admite.

DOL

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