A Polícia Civil de Santarém, no oeste do Pará, investiga o assassinato do taxista Erinaldo Fernando Ferreira e do passageiro Paulo Correa da Silva, que tiveram os corpos encontrados na segunda-feira (15) enterrados em um terreno entre os bairros Maicá e Jaderlândia.
A investigação busca descobrir os membros de uma quadrilha de fora da cidade, que estaria envolvida neste e em outros crimes. O roubo, sequestro e tortura de Wildenberg Barroso, 33 anos, na noite de quarta-feira (17) também teria relação com o grupo criminoso.
E foi a partir deste caso, que a polícia conseguiu encontrar nesta quinta-feira (18), a casa em que Wildenberg foi mantido em cárcere e torturado, no bairro Floresta, na quarta (17). Lá, eles apreenderam aproximadamente R$ 15 mil em notas falsas, mais uma quantidade da substância “skank”, cartões, documentos, celulares, kit de ferramentas e um relógio. O homem para quem a residência estava alugada, Gabriel Batista Santos, está sendo procurado por suspeita de dar apoio à quadrilha.
Na manhã desta quinta, a PC também prendeu um homem conhecido da polícia por envolvimento em tráfico. Segundo o delegado Jamil Casseb, trata-se de Renilson Pontes Parente, conhecido por “Pelado”. Com ele, foram apreendidas petecas de cocaína e outros materiais, como uma colher, tesoura, rolo de linha e até um instrumento musical.
Para o delegado Jamil Casseb, responsável pela investigação, todos esses crimes podem estar interligados. “O Gabriel era sócio de um rapaz que foi assassinado em Uruará e já foi preso ano passado, junto a um parceiro que tem uma casa próxima de onde os corpos do taxista e do passageiro foram encontrados. A gente nota que é uma quadrilha que está interligada e estamos conseguindo descobrir mais coisas”, afirmou.
Assalto e tortura
Wildenberg Barroso segue na delegacia e será ouvido como vítima de roubo, sequestro e tortura, supostamente praticados pela quadrilha investigada pela PC. No entanto, ele também responde por crimes anteriores, como estelionato, e será indiciado, segundo informações do delegado Jamil.
Wildenberg afirmou que cinco pessoas o sequestraram e praticaram tortura. Ele contou ainda que conseguiu fugir após pular de um carro em movimento, no bairro Aeroporto Velho.