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Número de desempregados no Pará sobe e alcança a faixa dos mais de 400 mil 

Número coloca o estado acima da média nacional

O resultado coloca o Pará acima da média do Brasil, que era 7,9% no último trimestre do ano passado e foi para 8,8% (Fernando Danasci / Folhapress)
O resultado coloca o Pará acima da média do Brasil, que era 7,9% no último trimestre do ano passado e foi para 8,8% (Fernando Danasci / Folhapress)
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Cerca de 403 mil pessoas estão desempregadas no Pará. O estado está entre os que apresentaram aumento na taxa de desocupados no primeiro trimestre de 2023 (janeiro a março), na comparação com os últimos três meses de 2022 (outubro a dezembro): a taxa subiu de 8,2% para 9,8%. Os números são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Trimestral, divulgada nesta quinta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Uma análise realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA) mostra, ainda, que no comparativo entre janeiro, fevereiro e março de 2023 e o mesmo período de 2022, a taxa de desemprego caiu 19% no estado: eram 497 mil pessoas. Sobre a distribuição dos que estão realizando alguma atividade, a entidade aponta que 54,9% dos paraenses fazem parte do setor público, privado ou atuam como domésticos.

No Brasil

O resultado coloca o Pará acima da média do Brasil, que era 7,9% no último trimestre do ano passado e foi para 8,8%. No país, esse é o menor número para o período desde 2015, quando fechou em 8%. Quanto aos recortes sociais, a taxa de desocupação foi de 7,2% para os homens e 10,8% para as mulheres. Já a divisão por cor ou raça tem resultados abaixo da média nacional (de 8,8%) para os brancos (6,8%) e acima para os pretos (11,3%) e pardos (10,1%).

Pará é líder na informalidade, diz IBGE

O levantamento do IBGE também detalha que a taxa de informalidade voltou aos 39% das pessoas ocupadas no Brasil, o que equivale a 38,1 milhões de trabalhadores informais. A Pnad Trimestral revela que os maiores índices ficaram com Pará (59,6%), Amazonas (57,2%) e Maranhão (56,5%). As menores, com Santa Catarina (26,1%), Distrito Federal (30,3%) e São Paulo (30,6%). A região Norte figura como a segunda que menos tem empregados no setor privado com carteira assinada, tendo 57,5% e ficando atrás do Nordeste, com 58,9%.

Enfermeira lista dificuldades para conseguir emprego

A enfermeira Nilce Pires, de 54 anos, está desempregada desde janeiro de 2023. Ela foi demitida depois de sete anos prestando serviço para uma rede de atendimento de saúde itinerante no Pará. Atualmente, a busca por uma recolocação no mercado de trabalho envolve o envio de currículos e o monitoramento de vagas em redes sociais. Porém, os esforços ainda não resultaram em uma possibilidade real de emprego ou, ao menos, uma entrevista.

“Eu tenho enfrentado uma dificuldade porque sempre estou nos sites, linkedin, em todas as plataformas de trabalho e vejo as vagas, cadastro meu currículo… Algumas empresas respondem que vai ser analisado e na etapa seguinte farão contato, mas para quem já tem uma certa idade e já ouviu essa falas, a gente sabe que não vai ser diferente, então, estou encontrando muita dificuldade ultimamente, não sei se pela minha idade ou pela questão da luta que estamos enfrentando pelo nosso piso”, lamenta Nilce.

A enfermeira entende que, nessa situação, muitos gestores devem optar por evitar contratar um profissional da área para minimizar os gastos. “Os enfermeiros já trabalham com carga horária fora do normal. Com o aumento do piso, com certeza muito vão colocar dificuldades para não pagar. Então, essa busca está sendo um pouco difícil. No mesmo período que eu saí do trabalho, uma colega de 28 anos também saiu e ela não está conseguindo vaga, o que me leva a crer que não é tanto a questão da idade, mas as oportunidades estão poucas”, diz.

Fonte: O Liberal

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