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Operação desarticula garimpo e comércio ilegal de ouro em área indígena

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Na manhã desta terça-feira (21), foi realizada uma ação da Polícia Federal, em parceria com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Fundação Nacional do Índio (Funai) e a Secretaria Pública do Pará.

A “Operação Muiraquitã” foi deflagrada nos municípios de Ourilândia e Tucumã, região sudeste do Pará e teve como objetivo a desarticulação de um esquema criminoso de garimpo e comercialização ilegal de outro extraído do interior da Terra Indígena Kayapó.

As equipes especilizadas e treinadas para a operação contaram com 70 servidores federais, que tiveram o apoio aéreo de sete helicópteros. Durante a investigação, foram identificados diversos pontos de logística e garimpos ilegais, além de duas pistas de pouso e decolagem de pequenos aviões utilizados para o transporte de ouro extraído ilegalmente da terra indígena.

A finalidade das ações iniciadas hoje é realizar prisões em flagrante dos envolvidos, facilitar a ação do órgão ambiental na constatação dos danos extremos à natureza, desativar as pistas de pouso que não são homologadas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e que não servem à comunidade indígena e estancar a extração e comercialização ilegal de ouro na região.

Há ainda a informação de que indígenas de algumas aldeias estariam envolvidos no esquema, compactuando e lucrando com a atividade garimpeira clandestina, assim como comerciantes de ouro da região, que atuam como receptadores do minério, repassando-o para outros estados ou para outros países.

Entre os principais danos causados pela extração clandestina estão o desvio do curso de rios, desmonte hidráulico (no caso de garimpagem mecânica), aterramento de rios e contaminação do solo, ar e água através de metais pesados, principalmente o mercúrio, extinção de vegetação e animais e contaminação de silvícolas.

A extensão dos pontos identificados durante a operação será avaliada por peritos criminais federais. Durante a ação, foram feitas coletas de informações e materiais que resultarão em laudo pericial, mensurando os danos ambientais ocasionados pela prática ilícita.

(Com informações da Polícia Federal)

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