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Operação nacional cumpre mandados de busca e apreensão no Pará; cinco foram presos

Os trabalhos foram comandados pela Polícia Civil do Maranhão (PC-MA), que iniciou as investigações em maio de 2023

Foram apreendidas 14 armas de fogo, provas documentais, aparelhos celulares e 545 munições. (Divulgação/ PC-MA)
Foram apreendidas 14 armas de fogo, provas documentais, aparelhos celulares e 545 munições. (Divulgação/ PC-MA)
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Cinco pessoas, entre elas dois militares do Exército Brasileiro, foram presas nesta quinta-feira (18 de janeiro), em São Luís (MA) e Fortaleza (CE), durante a Operação Orlov, deflagrada pela Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) em vários estados brasileiros.

As investigações tiveram início em maio de 2023. Ao longo do dia, foram cumpridos 27 mandados de busca e apreensão domiciliares em Parauapebas (PA), São Luís (MA), Imperatriz (MA), Barreirinhas (MA), Lago da Pedra (MA), Humberto de Campos (MA), Ribeirão Preto (SP) e Fortaleza (CE), que resultaram na apreensão de 14 armas de fogo, provas documentais, aparelhos celulares e 545 munições.

O Exército Brasileiro, por meio do Comando Militar do Norte e da 8ª Região Militar, desde o início, acompanhou e colaborou ​com a investigação envolvendo os alvos militares.

Segundo a Polícia Civil do Maranhão, a Operação Orlov teve como objetivo desarticular uma associação criminosa identificada como responsável por crimes de comércio ilegal de arma de fogo no Maranhão, com repercussão em outros estados brasileiros. As investigações ainda identificaram pelo menos 17 armas possivelmente comercializadas ilegalmente pelos alvos da operação. Além disso, empresas fantasmas também foram identificadas em nome de dois laranjas, as quais eram controladas por um militar.

As investigações iniciaram a partir da prisão em flagrante de um dos participantes do esquema, ocorrida no dia 5 de abril de 2023, em São Luís. O suspeito portava uma pistola Glock, que estava em nome de um laranja morador de São Paulo.

O delegado Thiago Dantas, que preside a operação, detalha as investigações. “Essa investigação teve início em maio de 2023 a partir da apreensão de uma arma de fogo que foi pega com um traficante em São Luís. Após as consultas aos sistemas, foi constatado que a arma estava registrada em nome de um indivíduo do Estado de São Paulo. Então, em contato com esse indivíduo, descobrimos que ele estava sendo usado como laranja, pois possuía arma de fogo em São Luís e que seu registro de atirador esportivo em São Luís era falso”, informou.

No decorrer do trabalho investigativo coordenado pelo Departamento de Combate ao Crime Organizado (DCCO/SEIC), foram identificados dois militares do Exército Brasileiro que adquiriam armas de fogo legalmente e, em seguida, numa ação coordenada, passavam os armamentos para os nomes de possíveis laranjas que posteriormente as vendia no mercado paralelo para criminosos.

O delegado geral de Polícia Civil do Maranhão, Jair Paiva, informou que a Operação Orlov contou com a colaboração de polícias de outros estados. “Durante as investigações descobrimos que uma das armas estava em nome de uma pessoa de Ribeirão Preto, em São Paulo, que estava sendo usada como laranja. Então, no momento da operação tivemos o apoio da Polícia Civil de São Paulo, bem como do Ceará e do Pará. No Maranhão, a polícia realizou diligências em São Luís, Imperatriz, Barreirinhas, Humberto de Campos e Lago da Pedra”, disse.

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