O período chuvoso no Pará deve se estender até abril, com uma tendência de aumento gradativo do volume das chuvas gradativamente, com pico no mês de março. A análise é do meteorologista José Raimundo Abreu de Sousa, do 2º Distrito de Meteorologia de Belém (Disme / Inmet), feita nesta quinta-feira (26), após o longo temporal que começou ainda no final da noite de quarta (25). Esse foi um dos poucos eventos que costumam caracterizar o mês de janeiro, já marcado por altos índices pluviométricos.
José Raimundo disse que a chuva que entrou pela madrugada registrou 39 milímetros, com poucas interrupções antes de parar completamente. Com isso, o acumulado do mês é de 141,1 milímetros de chuva. É bem abaixo do que se esperaria para janeiro, que ficou abaixo da média histórica de 393,8 mm, como analisou o meteorologista. Ainda assim, até o dia 31, possivelmente podem ocorrer mais chuvas e que podem elevar o acumulado para uma marca entre 190 mm e 250 mm.
“A chuva desta quinta-feira — de moderada a fraca com chuvisco intermitente — começou em torno de 23 horas de quarta-feira, atingindo volume de 39.0 mm durante a madrugada. E continuou, com poucas interrupções, no decorrer da manhã. A precipitação deve aumentar gradativamente no mês de janeiro. De fevereiro a abril, os totais pluviométricos mensais devem ficar em torno de 400 mm e 550 mm por cada mês, sendo março o mês mais chuvoso”, detalhou o meteorologista.
Grande parte das chuvas tem a ver com um fenômeno chamado Zona de Convergência Intertropical (ZCIT). José Raimundo explica que se trata de uma faixa de nuvens carregadas, formada pela convergência dos ventos alísios dos hemisférios Norte e Sul. Aproximadamente 60% das chuvas do período chuvoso da Região Metropolitana de Belém, litoral e nordeste paraenses se devem a esse fator.
Fonte: O Liberal