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PF destrói e apreende equipamentos avaliados em R$ 20 milhões durante operações contra garimpos no Pará

Um dos pontos flagrados, de acordo com a corporação, trazia risco à linha de transmissão de Belo Monte.

Operações contra garimpos abrangeu sudeste do Pará. — Foto: Ascom PF-PA
Operações contra garimpos abrangeu sudeste do Pará. — Foto: Ascom PF-PA
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A Polícia Federal (PF) prendeu duas pessoas e cumpriu 22 mandados de busca e apreensão em quatro operações simultâneas contra garimpos de ouro e cobre no sudeste do Pará. Na ação, divulgada nesta quarta (7), maquinários e equipamentos foram destruídos, causando um prejuízo de R$ 20 milhões, segundo a corporação.

Canaã dos Carajás, Curionópolis e Parauapebas foram as cidades alvo da operação, que contou com o apoio do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), além do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

De acordo com a PF, um dos presos foi flagrado por posse de uma pistola com munições, em um galpão de aluguel de máquinas para garimpos, em Curionópolis. O outro foi preso pelo crime de extração ilegal de minério e crime ambiental, em Parauapebas.

A ação resultou na apreensão de 18 escavadeiras — 13 delas inutilizadas no local e cinco deixadas sob outros responsáveis; dois caminhões; seis geradores; cinco motores hidráulicos e três dragas.

“O prejuízo do crime com a perda desses itens é estimado em cerca de R$ 20 milhões. A inutilização de maquinários pesados é feita quando há impossibilidade de remoção da área”, pontuou a corporação.

A PF detalhou que 75 agentes de segurança pública se dividiram entre as operações “Margens da 275”, “Garimpo Galeano”, “Sombra da Tarde” e “Rio Novo” – esta última, trazendo risco às linhas de transmissão da Usina Belo Monte.

Abrangência da operação

Os cabos elétricos de Belo Monte passam por quatro estados (PA, TO, GO e MG) e abastece o Sistema Interligado Nacional (SIN), que distribui energia para todo Brasil. “O avanço do garimpo em direção às torres de transmissão traz sério risco de desabastecimento ao país”, concluiu a corporação.

De acordo com a PF, os outros três pontos poluem rios que abastecem a cidade de Parauapebas e região. Conforme atestado por órgãos ambientais, a bacia hidrográfica local já apresenta alto grau de contaminação, por conta do uso irregular de mercúrio. São locais com recorrente extração ilegal de minérios, que possuem, em alguns casos, aplicações de sanções pelos órgãos ambientais.

“O Rio Novo é o mais agredido nos últimos anos, levando poluição ao rio Parauapebas, que fica às margens da Floresta Nacional de Carajás […] Se confirmada a hipótese criminal, os responsáveis poderão responder por crimes ambientais, crime de usurpação de recursos da União, associação criminosa, dentre outros. As investigações seguem em andamento”, completou a PF.

Fonte: G1 Pará

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