O prefeito de Altamira, Claudomiro Gomes (PSB), retornou na tarde deste sábado, 28, à Altamira. O gestor estava desde o início da semana cumprindo agenda de serviço na capital paraense e em Brasília-DF.
De acordo com uma entrevista concedida pelo prefeito a um Portal de notícias, ainda no aeroporto, a viagem dele resultou na conquista de uma emenda parlamentar no valor de R$ 700 mil que será investida na Saúde do Município, além de participar de audiência com presidente do IBAMA, da Infraero e na EBC – Empresa Brasil de Comunicação, onde esteve tratando de firmar parceria para reestruturar a TV Altamira e vendo e a possibilidade de implantar uma rádio municipal.
O período em que o prefeito Claudomiro Gomes estava em viagem foi marcado por manifestações, organizada por agricultores e indígenas da região do Assurini, que exigiam a recuperação imediata de um trecho de 17km, que liga o Igarapé Ituna a Agrovila Sol Nascente.
Os manifestantes bloquearam por 5 dias a balsa da Assurini impedindo o acesso ao Porto da balsa, que faz a travessia do rio Xingu para a gleba Assurini, zona rural de Altamira, em protesto pacífico para serem ouvidos pelas autoridades locais.
Na tarde da última quinta-feira, eles chegaram a ir até o aeroporto de Altamira, após serem informados que o prefeito chegaria em um voo, mas apenas o vice-prefeito, Jorge Gonçalves (PSC), compareceu.
O manifesto só terminou depois de uma reunião que aconteceu no Ministério Público Federal, entre os manifestantes e a Prefeitura, na ocasião representada pelo vice-prefeito, Jorge Gonçalves e seus procuradores, em que assinaram um acordo, de que as obras serão iniciadas nos próximos dias.
O impasse que levou a manifestação, trata-se de um trabalho de recuperação de 17km de estrada, que será custeado pelo Programa Xingu+. Recursos esses oriundos da empresa Norte Energia, que inicialmente havia contratada a empresa AGL para executar os serviços, porém a Prefeitura de Altamira não aceitou que os trabalhos fossem feitos pela terceirizada, sob a alegação que o preço cobrado pela AGL estaria 5 vezes maior que preço de mercado.
Por isso, administração municipal resolveu assinar um convênio direto com a Norte Energia para que a própria PMA execute a recuperação da estrada.
Ainda de acordo com a PMA, o convênio já foi assinado há mais de uma semana e está aguardando apenas a liberação da primeira parcela dos recursos para que os trabalhos sejam iniciados.
No acordo firmado no MPF ficou acertado que os trabalhos de recuperação do trecho devem iniciar num prazo máximo de 15 dias e sendo concluído em 50 dias, sob a fiscalização dos agricultores e do Ministério Público Federal.
Por Wilson Soares – A Voz do Xingu
