No intervalo de apenas três dias, três acidentes graves relacionados a atividades com madeira foram registrados na região do Xingu, no sudoeste do Pará. Dois deles terminaram em morte e acendem um alerta para os riscos dessas atividades quando realizadas sem equipamentos de proteção e supervisão técnica adequada.
O primeiro caso ocorreu em uma área de ocupação a cerca de 12 quilômetros do centro de Vitória do Xingu. Daniel Castelo Branco realizava um serviço de derrubada de árvores com outros trabalhadores quando foi atingido por uma árvore que desabou. Socorrido às pressas, ele foi levado ao Hospital Municipal e, devido à gravidade dos ferimentos, transferido para o Hospital Regional da Transamazônica, em Altamira, onde permanece internado em estado grave.

Daniel Castelo Branco
De acordo com familiares, Daniel estava próximo dos demais trabalhadores quando foi atingido. O pai dele, que estava nas proximidades, prestou os primeiros socorros ao próprio filho até a chegada da ambulância.
O segundo acidente aconteceu na região do Assurini. Elias da Silva, de 61 anos, foi atingido e ficou preso entre galhos de uma árvore. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu antes mesmo da chegada do socorro.

Já o terceiro caso foi registrado na manhã desta quarta-feira (6/8), no município de Senador José Porfírio. Um jovem identificado apenas como Edvan morreu após ser atingido na cabeça por uma tora de madeira em uma serraria localizada próxima ao centro da cidade. Testemunhas relataram que a tora de madeira estava presa a um cabo de aço, mas acabou se soltando, atingindo em cheio a vítima, que morreu no local. A Polícia Civil foi acionada e abriu investigação para apurar o caso.

Edvan – morreu nesta quarta-feira (6)
Os acidentes chamam a atenção para a falta de medidas de segurança em ambientes de trabalho com madeira, especialmente em áreas de floresta e serrarias, onde o risco de acidentes é alto. O uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) e a supervisão técnica são essenciais para a preservação da vida dos trabalhadores.
Por Patrícia Pires / Wilson Soares – A Voz do Xingu






















