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Caso de sarampo no Pará tira o Brasil da lista de países livres da doença

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Agora é oficial: após um ano sem conseguir interromper a transmissão de sarampo, o Brasil irá perder o status de país livre da doença. A informação foi confirmada ontem pelo Ministério da Saúde, após o registro de um novo caso de sarampo no Pará, ocorrido em 23 de fevereiro. A data indica que a circulação de sarampo já completa mais de um ano no país, o que indica transmissão sustentada do vírus.

Com isso, a previsão é que o país perca o certificado internacional de eliminação da doença. O reconhecimento havia sido concedido pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) em 2016. O motivo era o baixo número de casos nos últimos anos, em geral vinculados a surtos importados de outros países.

Com a queda na cobertura vacinal, no entanto, o país voltou a ficar suscetível ao sarampo. Os primeiros registros de um novo avanço da doença ocorreram em fevereiro de 2018, após mais de dois anos sem casos. Dos estados que registraram a doença, oito já tiveram o surto encerrado, segundo o ministério. Outros três, no entanto, ainda registram transmissão ativa do vírus: Amazonas, Roraima e Pará. De janeiro a março deste ano, foram confirmados 28 casos de sarampo nestes locais.

Com a perda do certificado, o Ministério da Saúde anunciou ontem mesmo um conjunto de medidas para aumentar os índices vacinais, interromper a transmissão e, assim, retomar o status de país livre da doença. A pasta também prepara uma campanha publicitária para estimular a vacinação contra o sarampo no nos Estados.

DOL

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