A três meses das eleições para os cargos de presidente, governador, senador e deputados estadual e federal, o Tribunal Regional Eleitoral TRE do Pará (TRE-PA) informa que parte dos R$ 54 milhões previstos no orçamento para a realização do pleito já vêm sendo utilizados. A principal novidade deste ano é a mudança de aproximadamente metade das urnas eletrônicas a serem utilizadas, aproximadamente 9.700 agora do modelo 2020.
De acordo com o órgão, essa é a novidade que alcança, principalmente, o eleitorado, que contará com um equipamento de tela maior, maior velocidade de processamento e que mantém todas as características que foram asseguradas pelo modelo de votação eletrônica, especialmente no que tange à segurança, criptografia e proteção quanto ao sigilo do voto e da integridade do mesmo.
“Serão usadas cerca de 24 mil em todo o estado, considerando modelos que vão desde o ano de 2009 (um modelo mais antigo) e os modelos mais recentes: 2010, 2015, 2013, agora o 2020, que é a metade do parque de urnas do estado do Pará e representa uma parcela significativa do parque de urnas do Brasil, que gira em torno de 500 mil urnas eletrônicas”, explica o diretor-geral do TRE/PA, Felipe Brito.
Testes são contínuos
As fases de testes foram iniciadas em novembro do ano passado, quando as urnas e outros sistemas eleitorais passam por teste público de segurança. Recentemente, os equipamentos apresentaram resultados que confirmam a eficiência nas avaliações as quais foram submetidos.
“As fases de teste são continuadas, e não acontecem só no ano de eleição. É importante dizer que esses testes são feitos praticamente todos os dias no Depósito de Urnas, porque são testes que levam a urna à exaustão, a fim de evitar que componentes como a bateria, o LCD, o teclado, tenham qualquer tipo de avaria ou deficiência para o funcionamento na eleição. E, toda vez que é detectado qualquer tipo de problema nesse teste, elas são imediatamente substituídas ou corrigidas pela manutenção contratada”, detalha Felipe.
Segundo o diretor, com relação aos sistemas eleitorais, todos eles passam, dentro de cada escopo – candidaturas, cadastro, totalização, transmissão de resultados – por testes específicos em alguns integrados. Em 2022, vários testes foram realizados nesse sentido, de forma individualizada. Felipe reforça que, alguns testes, inclusive, são feitos nas próprias zonas eleitorais. “Esses últimos testes maiores nós chamamos de teste de desempenho. Por que? Eles procuram testar todo o processo desde a preparação das urnas até a transmissão e totalização de resultados. Inclusive, nessa semana, acontece um desses testes de desempenho envolvendo todas as zonas eleitorais do país”, pontua.
Vale ressaltar que são 800 servidores da Justiça Eleitoral envolvidos em todo o processo de preparação para a realização das eleições em 2022. Os mais de 5.500 pontos de votação localizados em todo o território paraense também ainda passam por vistorias. O secretário de tecnologia do Tribunal Regional Eleitoral, Alessandro Cruz, lembra que a prioridade do órgão foi equipar os regionais mais distantes.
“Isso vai representar uma renovação de 50% das urnas eletrônicas que vamos utilizar nas seções eleitorais do pleito desse ano. Vamos de cerca de 21 mil para 24 mil urnas, e esse crescimento é natural, em virtude da elevação do quantitativo dos eleitores, temos aproximadamente seis milhões votando nesse ano. E o eleitor não sentirá diferença nas urnas, tem a tela maior, vai conseguir visualizar melhor, vai trazer funcionalidade em termos de acessibilidade, vai facilitar a vida do eleitor”, finalizou Alessandro.
Planejamento vem sendo cumprido
Neste começo de julho, o TRE apenas segue executando o já planejado anteriormente, e apresentado ainda no exercício anterior, quando foi lançado o Plano Integrado de Eleições do estado do Pará. Nessa etapa de execução, o órgão informa que a fase atual está entre o fechamento de cadastro, encerrado em maio, com o processamento para ser concluído agora neste mês sete.
Haverá em julho, ainda, de acordo com Felipe, o voto em trânsito, que é a transferência temporária de eleitoras (es) que estejam fora de seu domicílio. “Haverá um prazo específico no final do mês de julho e início de agosto, para que essas (es) eleitoras (es) procurem os cartórios eleitorais e solicitem o voto em trânsito. Do dia 20 de julho até o dia 5 de agosto, acontecem as convenções partidárias, que é o momento em que os partidos vão designar àqueles que concorrerão às eleições, e até o dia 15 de agosto é o prazo que esses partidos têm para apresentar os seus pedidos de candidaturas, tanto de deputados estaduais, federais, governador do estado, senador e, no âmbito federal, de presidente da República”, detalha.
Fonte: O Liberal