A Justiça Federal determinou o cumprimento da sentença que suspendeu por seis anos os direitos políticos do ex-prefeito de Faro, no oeste do Pará, Denilson Batalha Guimarães, o “Denis Guimarães”, por fraude em licitação e desvio de recursos destinados à educação.
A mesma sentença condenou o ex-prefeito a devolver R$ 41 mil aos cofres públicos – com juros e correção monetária calculados desde 2012 –, e a pagar R$ 20 mil em multas, além de ter proibido Guimarães de fazer contratos com o poder público por cinco anos e ter determinado a perda da função pública.
Publicada na quinta-feira (16), a decisão do juiz federal Érico Rodrigo Freitas, é referente a sentença de outubro de 2018 em processo aberto a partir de ação do Ministério Público Federal (MPF).
O ex-tesoureiro do município Aldiro Garcilei Galvão da Costa, foi condenado às mesmas penas aplicadas ao ex-prefeito. O terceiro acusado pelo MPF, o empresário Ricardo Flávio Reis Fernandes, recebeu a mesma condenação, exceto a de perda de eventual função pública atualmente ocupada.
A ação
Ajuizada pelo MPF em 2013, a ação civil pública por improbidade administrativa relatou que os acusados foram responsáveis pelo desvio, em 2012, de R$ 41 mil em recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) que deveriam ter sido utilizados para a pintura de três escolas municipais.
Citando dados de relatório de fiscalização da Controladoria-Geral da União (CGU), o MPF registrou na ação várias irregularidades: o procedimento licitatório foi simulado. A obra não foi realizada pela empresa contratada, e sim por servidores da prefeitura e professores das escolas.
Os materiais para a pintura, que deveriam ter sido fornecidos pela empresa contratada, foram adquiridos pela própria prefeitura; e outros serviços citados na licitação não foram executados.
Fonte: G1 Santarém