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Polícia Civil apresenta ações integradas da ‘Operação Shamar’ de enfrentamento à crimes contra mulheres no Pará

Foto: Agência Pará / Divulgação
Foto: Agência Pará / Divulgação
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A Polícia Civil do Estado do Pará, por meio da Diretoria de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAV) e Diretoria de Polícia do Interior (DPI), encerrou nesta sexta-feira (15), as ações da ‘Operação Shamar’ de combate ao feminicídio e à violência doméstica e familiar. A ação nacional do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) foi coordenada pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), sendo deflagrada de forma integrada em todas as regiões do Estado. As diligências ocorrem durante 25 dias ininterruptos, tendo iniciado no dia 21 de agosto.

Segundo Ariane Melo, diretora da DAV, os trabalhos foram desenvolvidos no contexto do Agosto de Lilás, campanha que busca chamar a atenção da sociedade para o tema e faz referência à Lei Maria da Penha, que em 2023 completa 17 anos.

“Com os trabalhos integrados da ‘Shamar’, a Polícia Civil conseguiu promover diversas ações em nossas delegacias especializadas da capital e do interior. Intensificamos mutirões para tombamento de inquérito policial, realizamos prisões por meio de cumprimentos de mandados, realizamos palestras informativas e prevenção, além de fortalecer os trabalhos preventivos contra importunação sexual nos espaços de lazer e diversão”, pontuou.

Foto: Agência Pará / Divulgação

Balanço – Durante o período, equipes da DAV e DPI também realizam ações preventivas e repressivas. Em todo o estado do Pará, foram 270 prisões em flagrante decorrentes de apresentações; foram registradas, além de 1.282 medidas protetivas de urgência solicitadas, bem como foram instaurados e concluídos 1.694 inquéritos policiais. Também foram realizados 79 acompanhamentos para retirada de pertences e ofertadas 88 palestras educativas e preventivas, assim como 35 ações de panfletagem com orientações. Ademais, foram efetuadas três prisões pelo crime de feminicídio e outras 13 por crimes diversos do feminicídio, no contexto da violência doméstica.

Para o delegado-geral, Walter Resende, as ações policiais realizadas durante a “Operação Shamar” foram pautadas em atitudes protetivas às mulheres e repressivas aos agressores. “Tiveram êxito em aproximar as comunidades do serviço de Segurança Pública prestado pelo Estado e com isso iremos evitar que crimes mais graves ocorressem, reiterando a devida importância da luta contínua e incessante contra a violência doméstica e familiar. Desse modo, a finalidade desta operação foi o enfrentamento de toda e qualquer forma de violência doméstica e familiar contra a mulher, por meio de ações preventivas e repressivas, contando com grande empenho das forças policiais estaduais e distritais, cujos resultados foram estimáveis e satisfatórios, cumprindo com a missão de salvaguardar este grupo vulnerável”, destacou o gestor.

Foto: Agência Pará / Divulgação

Proteção – Recentemente, o Governo do Pará criou a Delegacia Especializada em Feminicídio e Outras Mortes Violentas contra Gênero (Defem), com sede na Divisão Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM), em Belém, criada com o objetivo de ampliar o trabalho da Polícia Judiciária, responsável por investigar feminicídios tentados e consumados, suicídios, mortes aparentemente acidentais, desaparecimento seguido de morte, lesão corporal seguida de morte e outros crimes praticados contra mulheres, mulheres trans e travestis, em decorrência do gênero, além de contar com trabalhos de análise de dinâmicas e estudos de casos.

“No espaço também são sendo concentrandos esforços para aprofundar investigação e analisar a dinâmica e o monitoramentos de crimes praticados contra mulheres por conta do sexo. O objetivo é criar mecanismos para a prevenção da violência contra a mulher, da sua forma mais extrema que é o feminicídio”, concluiu a delegada.

Com informações da Agência Pará

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