Foi confirmada na tarde desta quinta-feira (31) a morte de uma criança de dois anos que estava internada no Hospital Santa Casa, em Belém, com o vírus da raiva humana. A criança está entre os sete casos de raiva humana confirmados laboratorialmente pelo Instituto Evandro Chagas (IEC) e pelo Instituto Pasteur (sediado em São Paulo), entre os 14 notificados com a doença em Melgaço, município localizado no arquipélago do Marajó.
Destas sete pessoas com diagnóstico confirmado, seis morreram e uma permanece internada. Agora são dez óbitos.
Dois pacientes prosseguem internados em estado grave, um no Hospital da Santa Casa, em Belém, e um no Hospital Regional de Breves, no Marajó. Os pacientes têm quadro semelhante, sintomas como febre, dispneia, cefaleia, dor abdominal e sinais neurológicos – paralisia flácida ascendente, convulsão, disfagia (dificuldade de deglutir), desorientação, hidrofobia e hiperacusia (sensibilidade a sons, principalmente agudos).
Alerta e prevenção
A Sespa emitiu um alerta epidemiológico de raiva humana para os 13 Centros Regionais de Saúde do Pará, para que seja intensificada a identificação precoce da existência de agressões por morcegos hematófagos em humanos ou em animais no peridomicílio. O município de Melgaço vai receber R$ 90 mil mensais para prevenir casos de raiva humana.
Já foram enviadas 2 mil doses de vacinas antirrábicas e mais 600 frascos de soros antirrábicos. Também foram entregues 500 mosquiteiros para a proteção dessa população.
Segundo a Sespa, casos confirmados de raiva humana no Pará não ocorriam desde 2005, quando 15 foram registrados todos infectados por transmissão de morcego hematófago.