Search
Close this search box.

ACBM elabora Diagnóstico Físico-Territorial e Socioeconômico dos 13 municípios integrantes da entidade

Estudo abrange 13 municípios impactados pela Usina de Belo Monte e busca nortear políticas públicas

Continua após a publicidade

A Associação dos Municípios do Consórcio Belo Monte (ACBM), gestão 2023/2024, elaborou um Diagnóstico Físico-Territorial e Socioeconômico que será entregue a todos os gestores dos municípios que compõem a entidade. O levantamento, realizado ao longo de quatro meses, apresenta uma análise detalhada dos aspectos territoriais, econômicos, geográficos e sociais de 13 municípios diretamente e indiretamente impactados pela construção da Usina Hidrelétrica Belo Monte.

Os municípios analisados são Altamira, Anapu, Brasil Novo, Gurupá, Medicilândia, Pacajá, Placas, Portel, Porto de Moz, São Félix do Xingu, Senador José Porfírio, Uruará e Vitória do Xingu. Juntos, eles representam cerca de 30% do território do Pará, com uma área total de 368.961,32 km², e concentram 7% da população do estado, totalizando 551.751 habitantes, segundo o Censo do IBGE de 2024.

Aspectos demográficos e sociais

O diagnóstico revela que aproximadamente 44% da população reside em áreas rurais, somando 246.445 pessoas. Já a comunidade indígena da região, que ocupa cerca de 42% do território, é composta por 11.397 pessoas.

Os dados socioeconômicos apontam desafios significativos: quase metade da população (49,77%) vive com menos de meio salário mínimo, enquanto apenas 8,92% têm rendimentos superiores a dois salários mínimos.

Na saúde, os 13 municípios dispõem de 300 unidades básicas, 14 hospitais e 686 leitos, além de 686 estabelecimentos de saúde no total. Na educação, há 1.280 escolas, sendo 1.248 públicas e 32 particulares.

Economia regional

O estudo também detalha as características econômicas da região. Destacam-se a produção de madeira em tora, com 1.039.951 m³, o rebanho bovino de 6.231.194 cabeças e a produção de cacau, que alcança 59.897 toneladas anuais. Contudo, apenas 5% das propriedades agrícolas recebem assistência técnica, evidenciando a necessidade de investimentos no setor.

Instrumento de planejamento

O diagnóstico foi desenvolvido sob a liderança de Claudomiro Gomes da Silva, presidente da ACBM, com a participação da assessora de relações institucionais, Márcia Bueno, e do secretário executivo, Jefferson Figueiredo. É a primeira vez que a Associação elabora um estudo dessa magnitude, que servirá como uma ferramenta estratégica para os gestores municipais buscarem recursos junto aos governos estadual, federal e outras parcerias.

Desde sua criação, em 2001, a ACBM tem se dedicado a promover o desenvolvimento sustentável da região Transamazônica e Xingu. Este diagnóstico reforça seu compromisso em oferecer subsídios técnicos para o fortalecimento das políticas públicas locais.

Por Wilson Soares – A Voz do Xingu

Compartilhe essa matéria:

WhatsApp
Facebook
Twitter
LinkedIn

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *