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Açaí brasileiro ganha o mundo e vira febre lá fora

O Brasil é o maior produtor mundial do açaí, sendo 90% da produção somente no Pará

´Foto: Reprodução
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É diferente de tudo que já provei, parece uma sobremesa, mas vale por uma refeição. Sempre trago uma amiga para experimentar açaí depois da academia”, diz a contadora Emily Clark, 23, ao sair de uma lanchonete no centro de Chicago com uma tigela, coberta com morangos e mirtilos.

Já o jornalista Douglas Toh, 25, se espanta ao saber que o açaí é consumido diariamente no norte do Brasil –em Singapura, uma tigela não sai por menos de R$ 40 na moeda local e, apesar de o fruto ter virado uma febre em seu país, só dá para comprá-lo de vez em quando.

O Brasil é o maior produtor mundial de açaí e mais de 90% da produção é do Pará, que também é o seu principal mercado consumidor.

Em 2022, o estado exportou mais de 8,158 mil toneladas de açaí, movimentando mais de US$ 26,5 milhões (R$ 133,8 milhões), segundo dados da Fiepa (Federação das Indústrias do Estado do Pará) e do CIN (Centro Internacional de Negócios do Pará).

As exportações de derivados do açaí cresceram exponencialmente nos últimos anos. Apenas entre 2019, antes da pandemia, e 2022, o aumento foi de 132,5%, segundo cálculos das duas entidades baseados no Comex Stat (plataforma de dados de comércio exterior do governo federal).

Os principais importadores hoje são Estados Unidos, Japão, Austrália e países europeus, mas há um interesse crescente em outros mercados do oriente, sobretudo China, Singapura e Índia.

Dono desde 2014 da Açaí Town, Murilo Santucci trabalhava no setor de tecnologia, programando anúncios para a internet até conhecer uma casa de açaí aberta por um amigo. “Ele nos ensinou como era a operação e minha namorada e eu pensamos que aquilo poderia dar certo em Tatuí (SP).”

O empresário chegou a ter quatro lojas físicas na cidade e pesquisando um pouco mais sobre o mercado, Santucci viu que a grande oportunidade estava em exportar. No fim de 2016, já estava participando de um programa de capacitação da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) e montou, com recursos próprios, uma fabriqueta dentro de um contêiner.

“Em 2017, passei a fazer o que sabia, traduzir anúncios para a internet. Começamos a exportar em 2018, para o Canadá e os Emirados Árabes. O pessoal pedia uma encomenda pequena para conhecer o produto -duas semanas depois, já pediam mais”, lembra.

Fonte: DOL

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