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Apontado como principal miliciano do Norte, cabo Leno é expulso da PM

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A Polícia Militar do Pará expulsou o cabo Heleno Arnaud Carmo de Lima da corporação. Conhecido como cabo Leno, ele é apontado pelo Ministério Público Estadual como o principal miliciano em atividade no Norte do Brasil.
Condenado a oito anos de prisão por crime de concussão (vantagem indevida recebida por funcionário público por causa de sua função) e violência contra pessoa, o agora ex-policial está preso desde janeiro do ano passado.
Atualmente, ele está recluso no presídio Anastácio das Neves, em Santa Isabel, no nordeste do Estado. Essa prisão é destinada exclusivamente para servidores públicos que cometeram crimes. A defesa do ex-policial nega as acusações.
Segundo a Promotoria Militar, cabo Leno é o chefe da milícia M da Pedreira, que fica no bairro de mesmo nome na capital paraense.
De acordo com a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), ele teve envolvimento direto na chacina que vitimou 28 pessoas entre os dias 20 e 21 de janeiro de 2017, na Região Metropolitana de Belém.
Áudios gravados pela Promotoria em 2017 revelaram o envolvimento de policiais militares nesse grupo de extermínio. Os assassinatos em série ocorreram em 11 bairros de Belém, Icoaraci, Marituba e Ananindeua, após o assassinato do soldado da Ronda Tática Metropolitana, Rafael da Silva Costa, 29.
De acordo com a denúncia do promotor de Justiça Militar Armando Brasil Teixeira, os seis policiais denunciados, liderados pelo cabo Leno, eram parte de uma organização que orquestrava e executava crimes. A investigação apontou a participação dos denunciados em milícia e homicídio.
Segundo o MP, provas materiais e testemunhos que indicaram que essa milícia fazia arrombamentos, ameaças de mortes e intimidações em troca de vantagem econômica, além de praticar furtos a residências.
A expulsão foi assinada segunda-feira, 25, pelo comandante da PM, o coronel José Dílson Melo de Souza Júnior, e publicada no Diário Oficial na terça-feira, 26. O comandante determinou imediato recolhimento da célula de identidade funcional de Leno.
Fonte: UOL

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