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Após conflito, governo diz que reforçará segurança e que enviará voluntários na área de Saúde para Roraima

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Após reunião entre o presidente Michel Temer e ministros neste domingo (19) em Brasília, o governo federal divulgou uma nota em que anuncia reforço da Força Nacional em Roraima com mais 120 homens.

De acordo com o Ministério de Segurança Pública, 60 homens embarcam para o estado nesta segunda-feira (20), conforme anunciado neste sábado (18). Outros 60 militares vão viajar para o estado depois, mas ainda não há uma data definida.

Além disso, o Planalto informou que serão enviados, no proximo domingo (26), 36 voluntários da área da saúde para atendimento aos migrantes, em parceria com hospitais universitários.

“O Governo Federal continua em condições de empregar as Forças Armadas para a Garantia da Lei e da Ordem em Roraima. Por força de Lei, tal iniciativa depende da solicitação expressa da Senhora Governadora do Estado”, informou o Palácio do Planalto.

Neste sábado (18), a cidade de Pacaraima (RR), na fronteira do Brasil com a Venezuela, registrou tumulto com atos de violência e destruição em acampamentos de imigrantes venezuelanos, informou o Exército por meio da Força-tarefa Logística Humanitária.

A rodovia BR-174, na entrada da cidade, chegou a ficar bloqueada pelos moradores por cerca de 5 horas. A situação, segundo a PM, ocorreu em razão do assalto a um comerciante.

Outras medidas

O governo também anunciou, na nota divulgada neste domingo, que vai intensificar os “esforços de interiorização dos venezuelanos para outros estados”, além de estabelecer um abrigo de transição em Roraima, entre Boa Vista e Pacaraima, para atendimento humanitário dos migrantes que aguardam o processo de interiorização. O objetivo é reduzir o número de pessoas nas ruas.

O Planalto informou ainda que será realizada nesta segunda-feira (20) uma reunião a fim de concluir as negociações para o início das obras do “linhão” que permitirá a integração do Estado de Roraima ao sistema elétrico nacional.

Outra medida anunciada é o deslocamento de uma comissão interministerial para “avaliar medidas complementares” para a crise migratória.

No documento, o Palácio do Planalto também informou que o Itamaraty está em contato com as autoridades venezuelanas.

“No dia de ontem, esse diálogo serviu, também, para que cerca de trinta brasileiros, que se encontravam em território venezuelano, pudessem retornar em segurança ao Brasil”, acrescenta a nota.

Forças Armadas

Após a reunião com Temer, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, reiterou que o governo federal coloca as Forças Armadas à disposição da governadora de Roraima, Suely Campos (PP), caso seja necessário.

“O presidente coloca à disposição da governadora, se necessário, o emprego das Forças Armadas através de uma operação de Garantia da Lei e da Ordem de forma a manter a tranquilidade, a segurança de todos os roraimenses e também dos migrantes venezuelanos que nos procuram”, disse Jungmann.

‘Responsabilidade’

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, cobrou, em vídeo divulgado à imprensa, que as autoridades públicas tenham uma “visão direcionada” à questão dos imigrantes venezuelanos em Roraima, especialmente, em relação à segurança pública e à saúde das pessoas.

Ele classificou a situação como uma “crise humanitária”. “Temos que ter a responsabilidade de não vermos esta situação do estado de Roraima agravada, inclusive com conflito social entre brasileiros e venezuelanos”, declarou Lamachia.

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