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Biólogo relata ter sofrido racismo em voo da Gol que saiu de Marabá

Bruno Henrique Dias Gomes, de 25 anos, veio ao Pará fazer o concurso da PM. Durante a volta, relatou ter sofrido racismo

Foto: Reprodução/ Arquivo Pessoal
Foto: Reprodução/ Arquivo Pessoal
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O biólogo Bruno Henrique Dias Gomes, de 25 anos, denuncia ter sido vítima de racismo em um avião da Gol que saiu de Marabá, no sudeste do Pará, com destino a Brasília (DF), no último mês de junho. Durante o voo, ele e outros passageiros relataram a presença de carrapatos na aeronave, e ao acionar o comissário de bordo, o mesmo teria dito que os parasitas poderiam ter caído do cabelo do passageiro.

De acordo com informações do portal Metrópoles, Bruno mora em Vicente Pires, no Distrito Federal, e havia viajado ao Pará para fazer o concurso da Polícia Militar do Pará (PMPA), ocorrido em 6 de junho. No dia seguinte, quando retornava para Brasília, assistia uma série no celular, dentro do avião, quando um carrapato caiu em cima do aparelho.

“Do nada, caiu uma coisa em cima do celular. Eu e a passageira ao lado ficamos observando e, depois, ele caiu no chão. Passou uns três, quatro minutos e caiu outro, no ombro dela. Eu tirei, com a mão mesmo, coloquei sobre a bancada e chamei o comissário. Falei que já era o segundo que caía, aí ele: ‘Você tem certeza?’ Eu mostrei o que estava na minha mão, aí ele saiu e voltou”, contou.

“Mais uns cinco minutos e caiu outro na minha mesa. Fui tentar pegar e ele caiu no chão. Chamei o comissário de novo e começou um burburinho na aeronave, porque na minha poltrona e na da frente todo mundo levantou para ver se tinha caído sobre os bancos. Quando chegaram esses dois comissários, eles trocaram um pessoal [de assento] e eu continuei na minha poltrona. Aí, nesse momento, um deles falou assim: ‘Pode ter caído de qualquer lugar, até do seu cabelo’. Meu cabelo é afro”, completou Bruno.

Ainda segundo o biólogo, após desembarcar, ele procurou um guichê da companhia aérea, mas não conseguiu registrar reclamação. “Eu estava meio atordoado com os carrapatos caindo e não guardei a fisionomia do comissário”, diz. Ele fez, então, uma reclamação no site da Gol, no consumidor.gov.br e no Reclame Aqui. Porém, diz que não teve retorno pelo site da companhia aérea.

Em nota, a Gol informou que recebeu relatos de carrapatos durante o voo G3 1884, no dia 7 de junho, na rota Marabá-Brasília, e acredita que os insetos possam ter sido transportados acidentalmente em alguma mala de mão, e que todas as aeronaves passam por procedimentos diários rigorosos de sanitização.

Sobre a reclamação de racismo do biólogo, a Gol disse que “não compactua com quaisquer atitudes discriminatórias, preza pelo respeito e pela valorização das pessoas, e vai apurar o ocorrido”. A companhia informou ainda que ofereceu crédito disponível a Bruno para uso até 31/07/2022, conforme também consta no site consumidor.gov.

Fonte: O Liberal

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