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CHOCOLAT XINGU 2022: Embrapa vai apresentar dados inéditos sobre as lavouras de cacau da Transamazônica

Foto: A Voz do Xingu
Foto: A Voz do Xingu
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A Embrapa está prestes a publicar estudo inédito sobre a expansão das lavouras de cacau no Pará. A partir do cruzamento de dados de imagens de satélite e da validação em campo, o trabalho mapeou 90 mil hectares de cacau em 26 municípios do estado nas regiões da Transamazônica, Sudeste do Pará, Nordeste do Pará e Baixo Tocantins. Os resultados apontam que o cacau vem ocupando principalmente – 70% – áreas degradadas e pastagens. Onde o cacau está presente, segundo o estudo, há menos desmatamento e menos fogo, e mais Sistemas Agroflorestais, já que o cacau amazônico é cultivado com sombreamento e integrado a outros cultivos, como o açaí e banana, e à floresta. 

Mapeamento

O estudo analisou dados do TerraClass – programa executado pela Embrapa e o Instituto Nacional de Pesquisas Espacias (Inpe), do período de 2004 a 2014 e imagens satelitais do Prodes (Inpe), que monitora anualmente o desmatamento na Amazônia Legal. Essas imagens foram cruzadas com as informações do cadastro ambiental rural e validadas no campo junto aos produtores nas diferentes áreas de cacau no estado. Quase 90% das áreas ocupadas pelo cacau no Pará já havia sido desmatada até 2008, ano que é o marco legal do Código Florestal. Isso comprova, segundo o pesquisador Adriano Venturieri, da Embrapa Amazônia Oriental e principal autor do estudo, que a expansão do cacau no estado, majoritariamente, não está avançando sobre novas áreas de floresta.

Sustentabilidade

O estado do Pará produz 50% do cacau brasileiro e está entre os dez maiores polos cacaueiros do mundo. Em 2021, o Pará produziu quase 145 mil toneladas, de acordo com o IBGE. Uma das principais marcas do cacau paraense é a agricultura familiar e o cultivo em Sistemas Agroflorestais, que aliam a produção à recuperação de áreas degradadas e à conservação do ambiente.

Painel

Os resultados apontados pelo estudo “A expansão sustentável do cacau (Theobroma cacao) no estado do Pará e sua contribuição para a recuperação de áreas degradadas e redução do fogo” serão apresentados durante a programação do Chocolat Xingu 2022 – Festival Internacional do Cacau e Chocolate, que acontece de 30 de junho e 03 de julho, Altamira, na região da Transamazônica, no estado do Pará. O painel “O cacau sustentável do Pará” acontece na manhã do dia 01/07 e reúne o pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental Adriano Venturieri, o gerente da CocoaAction Brasil Pedro Ronca e o agroambientalista Marcello Brito, CEO da CBKK (Investimentos de Impacto ESG).

Fonte: Agência Embrapa de Notícias

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