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Conselho do Funcacau discute mudanças no critério de aprovação de projetos

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Na primeira reunião ordinária do conselho gestor do Fundo de Desenvolvimento da Cacauicultura do Pará (Funcacau) neste ano, os conselheiros discutiram a necessidade de criar novos mecanismos de análise e acompanhamento dos projetos, diante do crescente interesse dos produtores pelo financiamento do fundo. “Precisamos requalificar o regimento interno do conselho e reestruturar o fluxo de projetos”, disse o superintendente da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), Raul Guimarães.

Por recomendação do governador Helder Barbalho, o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca e presidente do conselho, Hugo Suenaga, informou que os projetos devem ser efetivos com indicadores e metas que garantam resultados positivos. “O cacau é prioritário para o governo e precisamos avançar na pesquisa, desenvolvimento e gestão dos produtores para termos a certeza de que os recursos estarão bem empregados”, ratificou Suenaga.

A assistência técnica e a defesa agropecuária são eixos fundamentais da cadeia produtiva, mas dependem de capital humano que constitui hoje, a maior urgência da cacauicultura paraense. Para isso será destinado maior aporte de recursos para ampliar a capacidade operacional de assistência no campo e reforçar o combate à doenças como a monília, que ainda não entrou no Brasil, mas já está nos países vizinhos como a Colômbia e Peru. O Pará é o único Estado brasileiro com uma equipe de 21 técnicos preparados para combater a monília que é propagada pelo vento e pelos rios.

O conselho aprovou aditivo de R$ 222 mil ao projeto de consolidação da lavoura cacaueira no Nordeste paraense, proposto pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). O projeto está em execução até 2020 e o recurso será usado em capacitação e construção de viveiros em 10 municípios, para produção de 500 mil mudas de cacaueiros híbridos destinados à expansão da cultura na região.

O conselho começou a apreciação do projeto que propõe a Indicação Geográfica como instrumento de desenvolvimento e diferenciação da cacauicultura regional, para inserção de produtos nos mercados nacional e internacional. O projeto do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) parte da experiência de Tomé Açú, onde o cacau produzido em sistema agro-florestal, foi o primeiro produto do Pará a receber indicação geográfica do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

Avaliado em R$ 526 milhões, o projeto propõe um diagnóstico para a marca coletiva das rotas turísticas do cacau nas cinco regiões produtoras do Estado. O projeto voltará à pauta com mais detalhes, na próxima reunião do conselho gestor do Funcacau.

Por Leni Sampaio – Agência Pará de Notícias

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