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Doce e poderoso: os efeitos do chocolate meio amargo no organismo

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Abra a embalagem. Pegue um pedaço de chocolate meio amargo. Mastigue devagar, saboreie e lamba os restinhos que ficam no dedo. Sorria ao desfrutar essa delícia sabendo que ela está realmente ajudando o seu coração. Ao menos foi isso que disse um estudo publicado nessa quarta-feira (22) no jornal acadêmico European Journal of Preventive Cardiology.

“Nosso estudo sugere que o chocolate ajuda a manter saudáveis os vasos sanguíneos do coração”, afirmou o autor do estudo, Chayakrit Krittanawong, da Escola de Medicina Baylor em Houston, Texas.

“O chocolate contém nutrientes que são bons para o coração, como flavonoides, metilxantinas, polifenóis e ácido esteárico, que podem reduzir a inflamação e aumentar o colesterol bom”, explicou Krittanawong.

Todas essas palavras grandes – flavonoides, metilxantinas, polifenóis e ácido esteárico – são apenas uma forma chique de dizer que ele é cheio de antioxidantes que ajudam a reduzir a inflamação e a melhorar o fluxo sanguíneo, o humor e a concentração.

Na verdade, uma única “dose” de cacau pode conter mais antioxidantes fitoquímicos do que a maioria dos alimentos, e mais procianidinas – responsáveis por bloquear a captação do colesterol ruim – do que a maioria das coisas que as pessoas consomem todos os dias.

E há mais uma coisa interessante sobre o chocolate: as propriedades antioxidantes dele resistem ao tempo. Diferente do chá verde, cujas propriedades se degradam com o prazo de validade, as barras de chocolate conseguem manter sua potência por ao menos 50 semanas, e as sementes e o pó de cacau, por 75 anos.

Chocolate meio amargo ou ao leite?

Esse novo estudo analisou as últimas cinco décadas de pesquisas sobre o assunto e descobriu que comer chocolate mais de uma vez por semana é associado a uma redução de 8% do risco de adquirir doença arterial coronária.

O consumo de cacau está ligado a uma taxa mais baixa de mortalidade por doenças cardiovasculares e outras causas, o que ajuda a reduzir a pressão sanguínea e pode impedir que uma placa se acumule no revestimento dos vasos sanguíneos. Além disso, provou-se que ele ajuda a prevenir derrames e problemas no coração.

E não se trata apenas do coração. O chocolate também está associado a uma melhora no fluxo sanguíneo para o cérebro, o que pode ajudar na função cognitiva. Ele impulsiona o envio de oxigênio durante exercícios físicos. Mas o doce não parece ser tão bom para a pele – um estudo recente constatou a ligação com o surgimento de acnes.

Muitas pesquisas focam no chocolate meio amargo. Isso porque quanto mais escuro for, maior é a porcentagem de sólidos de cacau – onde estão todas as propriedades boas. Mas se o produto for altamente processado, esse benefício pode ficar reduzido.

(Dica: para obter o mínimo de pó de cacau processado, procure marcas que não usam um alcalino para neutralizar sua acidez natural.)

O chocolate meio amargo contém menos açúcar e menos calorias do que o chocolate ao leite ou branco, porque estes são misturados com leite em pó ou condensado. Então sua opção mais saudável provavelmente é o doce ou a barra de chocolate meio amargo e pó de cacau não processado.

Isso significa que você pode simplesmente devorar grandes quantidades de chocolate meio amargo em nome do seu coração? Essa provavelmente não é uma boa ideia, principalmente se você optar por versões mais gordurosas, com caramelo e/ou nozes.

É melhor desfrutar de uma única mordida algumas vezes na semana e buscar acrescentar flavonoides a sua dieta. Maçãs, chás, frutas cítricas, cebolas e frutos silvestres podem ajudar.

“Quantidades moderadas de chocolate parecem proteger as artérias coronárias, mas provavelmente grandes quantidades, não”, disse o autor do estudo.

“É preciso verificar as calorias, açúcar, leite e gordura presentes nos produtos comercializados, principalmente as pessoas obesas e com diabetes.”

Fonte: CNN Brasil

 

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