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Ganho da mineração no Pará cresce 45% e fecha 2020 com R$ 97 milhões

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O Pará teve destaque no setor mineral em 2020, segundo um levantamento divulgado, na terla-feira (2), pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), em um compilado de dados sobre o mercado de mineração no Brasil. No faturamento anual, o Estado teve um ganho de 45% em relação a 2019, totalizando R$ 97 bilhões, contra os R$ 66,9 bi do ano anterior. Em termos de variação, o Pará ficou atrás apenas da Bahia, que obteve 62% de incremento entre 2019 e 2020, mas totalizou faturamento de R$ 5,7 bilhões; e do Mato Grosso, com variação de 58% e faturamento de R$ 4,7 bilhões.

Minas Gerais acompanha o Pará com mais proximidade: teve um ganho de R$ 76,4 bilhões em 2020, o que representa crescimento de 31% em comparação com 2019. Aparecem ainda Goiás (17%) e São Paulo (7%). Quanto à participação dos estados no faturamento nacional em 2020, o Pará ficou em primeiro lugar, com 46% em sua fatia, seguido por Minas Gerais (37%), Goiás (3%), Bahia (3%), Mato Grosso (2%) e São Paulo (2%). Outros responderam por 7%.

Segundo o Ibram, os resultados positivos no Brasil foram influenciados pela variação cambial e valorização dos preços internacionais de minérios. A nível nacional, a produção comercializada em toneladas cresceu pouco (2,5%), passando de 985 milhões de toneladas de minérios para um bilhão de toneladas estimadas. No consolidado de 2020, o faturamento do setor foi de R$ 209 bilhões e, em 2019, R$ 153 bi, uma variação de 36%.

Já na análise que compreende apenas o quarto trimestre do ano passado, o Ibram aponta que o Pará teve ganho ainda maior, em termos percentuais: 97%. O faturamento foi de R$ 42,6 bilhões, ante os R$ 21,6 bi do terceiro trimestre. Minas Gerais teve o segundo maior reajuste, com 55%, passando de R$ 19,2 bilhões para R$ 29,6 bi. Em seguida, aparecem, na ordem de maior variação, os Estado de São Paulo (12%), Mato Grosso (10%), Goiás (8%) e Bahia (1%). O Brasil atingiu, no quarto trimestre, R$ 83 bilhões, ante quase R$ 51 bi no terceiro trimestre (63,6% a mais).

Em todo o Brasil, em 2020, o minério de ferro contribuiu com 66% do faturamento total do setor e o ouro com 11%. O ouro foi a substância mineral que apresentou elevação, em percentual, no faturamento na comparação entre 2020 e 2019: 76%, passando de R$ 13 bilhões para R$ 23 bilhões, devido à elevação do preço da commodity e ao aumento de produção estimulada pela elevação da demanda.

O minério de ferro vem em seguida com 39% de crescimento anual, indo de quase R$ 100 bilhões a cerca de R$ 139 bilhões. O cobre registrou elevação de 35%, passando de R$ 10 bilhões a quase R$ 14 bilhões. O granito observou elevação de 25% no faturamento, indo de R$ 2,5 bilhões a mais de R$ 3 bilhões. O faturamento da produção de calcário dolomítico cresceu 12%, passando de R$ 3,7 bilhões para R$ 4,2 bilhões. O da bauxita evoluiu 6%, de R$ 4,2 bilhões para R$ 4,5 bilhões.

O Ibram ainda mostrou dados da arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM). O Pará aparece em primeiro lugar, totalizando R$ 3,1 milhões em 2020, contra os R$ 2,1 mi em 2019, resultando em uma variação de 42%. Em segundo lugar, Minas Gerais arrecadou R$ 2,3 milhões do imposto, ante os R$ 1,8 mi no ano anterior – crescimento de 29%. As maiores variações positivas foram no Mato Grosso (68%) e na Bahia (62%). Goiás registrou 15% de aumento na arrecadação.

No que diz respeito aos investimentos, o Ibram afirma que o ano de 2020 começou com previsão de investimentos de US$ 34,5 bilhões para o período entre 2020 e 2024. No segundo trimestre, o valor previsto foi elevado para mais de US$ 37 bilhões, e desde o terceiro trimestre o valor previsto de investimentos para 2020-2024 foi elevado em cerca de US$ 1 bilhão, totalizando agora US$ 38 bilhões – dados atualizados pelo órgão em dezembro passado.

Ainda no terceiro trimestre de 2020, a previsão era de que Minas Gerais seria o destino de US$ 12,5 bilhões. Agora, o valor aumentou para R$ 13,2 bilhões (35% do total). A Bahia receberá US$ 10,5 bilhões (28%), e a previsão para o Pará aumentou em cerca de US$ 200 milhões desde então, passando de US$ 8,6 bilhões para US$ 8,8 bilhões (23%). Os outros Estados têm previstos investimentos da ordem de US$ 5,5 bilhões (14%).

Fonte: O Liberal

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