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Indígenas alegam negligência no atendimento à saúde na região do Xingu, no Pará

Duas indígenas morreram nos últimos dias à espera de transporte. O Distrito Sanitário Especial Indígena diz que as alegações não procedem.

Foto: Site Instituto Socioambiental
Foto: Site Instituto Socioambiental
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Lideranças indígenas da região do Xingu, em Altamira, no sudoeste do Pará, falam em dificuldades de acesso a atendimentos de saúde. Eles alegam solicitar a transferência para uma unidade hospitalar mas não estão sendo atendidos. Nos últimos dias, duas idosas morreram à espera de atendimento.

Caciques afirmam que a remoção dos indígenas de avião está suspensa e não há como fazer o socorro rápido de barco ou via terrestre.

Uma indígena de 83 anos da etnia Araweté morreu na aldeia Pakatu, que fica há 4h de viagem de barco de Altamira. A transferência para um hospital foi solicitada ao Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI), mas a indígena não resistiu.

Outra indígena, de 86 anos, também morreu antes de ser levada para a cidade. Lideranças indígenas publicaram nota de repúdio criticando a atuação do Distrito Sanitário, em Altamira.

De acordo com os caciques, os problemas relacionados à saúde indígena na região já tinham sido comunicados em reunião com representantes da Secretaria de Saúde Indígena, ligada ao Ministério da Saúde, que ocorreu no início do mês de novembro. Dentre os problemas estão a falta de remédios e de transporte aéreo.

A utilização de aeronaves é feita em casos de emergência para aldeias que ficam muito distantes da sede do município.

O Distrito Sanitário Especial Indígena informou que as denúncias sobre falta de assistência médica e falhas na transferência dos doentes não procedem. Em nota, diz ainda que os mais de 300 profissionais do DSEI atuam em 103 aldeias e atendem quase cinco mil indígenas. O DSEI reforçou que tem feito todos os esforços para dar apoio aos indígenas da região do Xingu.

A Secretaria Especial de Saúde Indígena informou que representantes estiveram no Distrito Sanitário por quatro dias para verificar a situação da região e ouvir as lideranças locais.

G1 PA

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