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Madeireiros ilegais estão invadindo área de floresta nativa amazônica em Moju, interior do Pará, diz Embrapa

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Uma das últimas áreas de floresta nativa amazônica no nordeste do Pará foi invadida por grupos de madeireiros ilegais em Moju, nordeste do Pará. A invasão foi flagrada nesta quarta-feira (5) por uma equipe da Embrapa Amazônia Oriental, que desenvolve pesquisas no local.

Um servidor que esteve no local registrou imagens de ramais abertos no meio da mata, além de flagrar acampamentos, veículos e muitas toras de madeira extraídas.Segundo a Embrapa, o crime ambiental vem se intensificando na pandemia de Covid-19.

O chefe-geral Adriano Venturieri, disse que já foram feitas várias denúncias à Polícia Federal e ao Instituto Brasimeiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

“Em uma delas, a Semas conseguiu realizar a apreensão de toras de madeira maçaranduba, que estão apreendidas no pátio de uma serraria na própria cidade de Moju”, afirmou.

Venturieri afirma ainda que “outra questão preocupante é o indicativo de que a área será em breve ocupada ilegalmente”. “De acordo com informações obtidas no local, há um processo de ocupação da terra preparado para ocorrer após o transporte das madeiras, com a realização de ‘piquetagem’ de lotes”, conta.

Na área onde ocorreu o flagrante, a Embrapa informou que desenvolve pesquisas há mais de 20 anos sobre o crescimento da floresta amazônica. Os pesquisadores acompanham parcelas florestais permanentes para avaliar o crescimento e regeneração da vegetação.

Venturieri informou ainda que a instituição mantém um posto de vigilância 24 horas, mas os dois seguranças não são suficientes para coibir a ação criminosa e não é possível ampliar o número de profissionais.

De acordo com o flagrante, a ação dos madeireiros ilegais funciona assim:

  • abrem ramais com tratores;
  • extraem as árvores de valor mercadológico;
  • retiram as toras com tratores e guinchos mecânicos;
  • realizam beneficiamento inicial para facilitar o transporte da madeira armazenadas na beira dos ramais ou em clareiras abertas na mata.

“A forma que o ilícito vem sendo realizado – desmatamento pontual e seleção de árvores em mata fechada – impede o flagrante por meio de sistemas de vigilância por satélite e as condições de operação policial são limitadas pelas características do local”, relata Adriano Venturieri.

Para o chefe-geral, é “irrecuperável o prejuízo ambiental, científico e social, pois a floresta remanescente na área tem valor inestimável para o meio ambiente e para a sociedade amazônica.

Fonte: G1 Pará

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