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Massacre no presídio de Altamira: Primeiro réu é condenado a mais de 396 anos de prisão em regime fechado

Luziel Barbosa é o primeiro, dos cinco acusados da 2ª maior tragédia carcerária do Brasil, a ser julgado.

Luziel Barbosa prestou depoimento por videoconferência, pois está em um presídio federal em outro estado. — Foto: Reprodução/TV Liberal
Luziel Barbosa prestou depoimento por videoconferência, pois está em um presídio federal em outro estado. — Foto: Reprodução/TV Liberal
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Luziel Barbosa, um dos cinco acusados pelo ‘Massacre de Altamira’, foi condenado na noite desta sexta-feira (6 setembro 2024), em Belém, a mais de 396 anos de prisão em regime fechado pela 2ª maior tragédia carcerária do Brasil, depois do Carandiru.

Os jurados da 3º Vara do Tribunal do Júri votaram pela condenação do réu e o juiz Claudio Hernandes Silva Lima fixou a condenação de Luziel Barbosa a 396 anos e 10 meses de reclusão, 4 anos de detenção e 1.380 dias de multas.

Luziel Barbosa é acusado de ser o responsável por 58 mortes, de um total de 62, que ocorreram em 2019, no Centro de Recuperação Regional de Altamira, sudoeste do Pará.

Dois dias de julgamento

Julgamento de acusado de ser mandante do Massacre do Presídio de Altamira ocorre em Belém — Foto: Divulgação

O acusado permaneceu em silêncio durante parte do depoimento que prestou nesta sexta-feira (6/9), 2º dia de julgamento sobre o caso que ficou conhecido como a 2ª maior tragédia carcerária do Brasil.

O julgamento ocorre na 3ª Vara do Júri, no Fórum Criminal de Belém e começou na última quinta-feira (5). O acusado participa de forma remota (videoconferência), porque está em um presídio federal em outro estado brasileiro.

Segundo a investigação, Luziel seria um dos mandantes das mortes durante uma rebelião na unidade penal. O conflito se deu em razão de uma disputa entre os grupos criminosos Comando Classe A (CCA) e Comando Vermelho (CV), que queriam comandar a unidade penal.

No presídio, 58 detentos foram mortos, a maioria, por asfixia. Dezesseis deles foram decapitados. Durante a transferência dos detentos para Marabá, um dia após o massacre, quatro foram mortos dentro de um caminhão-cela. Totalizando 62 mortes.

A realização do julgamento em Belém foi um pedido feito pelo Ministério Público do Estado do Pará devido a repercussão do caso.

No total, 24 testemunhas foram chamadas pela defesa e pela acusação. Pelo menos 18 testemunhas já prestaram depoimento. Entre elas um agente prisional que foi feito refém no massacre.

Com informações do G1 Pará

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