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MP se reúne com pais que ocuparam escola em Medicilândia

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Depois de ocuparem por dois dias, a escola de Ensino Fundamental e Médio “Vitória Régia”, que fica no km 105 sul, em Medicilândia, no sudoeste do Pará, os moradores do km 110 norte e 105, sul e norte, se reuniram com a Promotora de Justiça Titular do município, Thaís Rodrigues Cruz Tomáz, na sexta-feira, dia 01 de março.

Moradores ocuparam prédio da escola. Foto: Redes sociais.

Eles entregaram a promotora um documento, assinado por representantes da comunidade escolar, que descreve às condições que se encontram as estradas que dão acesso a escola, relatando a preocupação dos moradores com a iminência de um possível acidente nesses trajetos que são utilizados para transportar os alunos até a escola. No documento eles contam ainda que alguns alunos estão sendo obrigados a andar até sete quilômetros para pegar o transporte escolar, que às vezes demora até três horas para percorrer um trecho que em condições normais, levaria cerca de 25 minutos.

Decisão assinada pela promotora. Foto: Redes Sociais.

A promotora colheu os depoimentos dos moradores e pediu para eles desocupassem o prédio da escola o mais rápido possível, o que já foi feito na própria sexta-feira. Ela também solicitou que eles aguardassem um prazo de 15 dias para o serviço de recuperação ser feito, caso contrário ela tomaria medidas judiciais contra a Prefeitura.

Entenda o caso

Cerca de 50 pais de alunos ocuparam, na manhã de quinta-feira, 28 de fevereiro, a escola de Ensino Fundamental e Médio “Vitória Régia”, que fica localizada no km 105, na região de Medicilândia.  O manifesto foi liderado pelos moradores do Travessão do Km 110 Norte, que exigem melhorias urgentes no travessão.

Segundo Valdivino Ramos, pai de um aluno, os alunos saem de suas casas por volta das 6h30 da manhã, mas só conseguem chegar à escola por volta das 9h30, levando quase três horas para percorrer um trecho que levaria cerca de 25 minutos, por causa das péssimas condições que se encontra o travessão. Valdivino conta ainda que geralmente os alunos são levados para a escola em um micro-ônibus, mas nos dias de chuva, nem uma caminhonete traçada consegue vencer os atoleiros da estrada. Os moradores exigem a reconstrução de algumas pontes e o empiçarramento de alguns pontos críticos. A escola Vitória Régia atende hoje, só desse travessão, cerca de 90 alunos nos períodos da manhã e tarde.

Outro travessão com problemas

Inconformados com a situação do travessão do km 85 Norte, também em Medicilândia, os moradores daquela área fizeram uma coleta e compraram com recursos próprios, 40 metros cúbicos do material conhecido como brita para espalhar em alguns pontos críticos desse travessão. O serviço foi feito no sábado, dia 02 de março, utilizando maquinário próprio dos agricultores.

Agricultores recuperam travessão. Foto: Redes Sociais.
Trecho de travessão recuperado com brita. Foto: Redes Sociais.

Os moradores reclamam que a estrada não recebe manutenção há vários meses e nesse período chuvoso a condição da via piorou muito, quase impossibilitando o escoamento da produção agrícolas.

O outro lado

O Portal A Voz do Xingu entrou em contato com o Secretário de Transportes de Medicilândia, Luíz Frank Ataíde. Ele informou que no domingo, dia 03 de março encaminhou para o travessão do km 85, duas caçambas, uma retroescavadeira e uma patrol para fazer o serviço de recuperação dos pontos críticos. Já sobre a situação do km 110, a madeira para a recuperação das pontes, já foi encaminhada para o local, e que assim que for finalizada a recuperação dos pontos críticos do km 85, as máquinas vão para o km 110 norte, e em seguida para o travessão do km 105 sul.

Por: Wilson Soares e Valéria Furlan – A Voz do Xingu

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