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No Pará, mais de 17 mil urnas devem ser utilizadas no dia da votação

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A logística para realização de eleições no Pará é uma das mais complexas do País. No Estado, mais de 17 mil urnas devem ser utilizadas no dia da votação, segundo estimativas do Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE/PA) – sem contar as de contingência. Para o transporte desses equipamentos e do chamado material agregado – ou seja, tudo o que será necessário para que a seção funcione, como cabinas de votação, baterias, mídias de resultados, bobinas, entre outros – são utilizados apromixadamente 4.700 veículos. O Pará conta com cerca de 5.300 locais de votação – muitos deles distantes e de difícil acesso – e tudo precisa chegar a tempo e em perfeitas condições.

Para isso, a auditoria interna do TRE Pará prestou uma consultoria à Secretaria de Tecnologia da Informação, responsável por gerenciar o transporte de urnas para a eleição. O objetivo da consultoria foi justamente realizar a gestão de risco da logística de transporte dos equipamentos. “Esse transporte de urnas para a eleição é um processo que tem complexidade considerável. Têm riscos inerentes muito grandes. Muitas coisas podem dar errado, porque são muitas atividades envolvidas, muitas coisas a serem gerenciados e que podem sair em desacordo com o que foi planejado”, ressalta Fabrício Manoel Santiago Cordeiro, chefe da Seção de consultoria e acompanhamento da governança e gestão.

Por este motivo, a gestão de risco é considerada importante, uma vez que vai permitir atuação de forma preventiva. Segundo Fabrício, durante a consultoria, foi realizado um levantamento de todos esses riscos e a classificação deles. “Ou seja, daqueles eventos que podem dar errado, identificamos e classificamos esses riscos em grau de importância, planejando e traçando controles para impedir que esses riscos venham a acontecer ou, caso venham a acontecer, que não empatem de forma decisiva esse transporte. Mesmo que algo venha a dar errado, nós planejamos e temos o plano B, o plano de contingência, de forma que a urna chegue íntegra, perfeita e com antecedência para o dia da eleição”, concluiu.

INDÍGENAS

O estado do Pará tem cerca de 9.500 eleitores cadastrados em aldeias indígenas, espalhados em 15 municípios, segundo o Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE/PA). A cidade que possui o maior número de eleitores cadastrados em aldeias indígenas no território paraense é Jacareacanga, seguido de Oriximiná. “Esses locais geralmente são de difícil acesso e a gente tem que utilizar inclusive transporte aéreo”, explica o diretor-geral do TRE Pará, Osmar Frota.

Este ano, existe uma preocupação a mais envolvendo essas localidades e que precisa ser observa: a saúde dos povos indígenas e os riscos gerados pela pandemia da covid-19. Osmar Frota explica que a Fundação Nacional do Índio (Funai) buscou a Justiça Eleitoral, por meio do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tratar sobre o assunto. “O TSE junto com os tribunais regionais que possuem eleitores que votem em aldeia indígena estão se organizando pra buscar a melhor proteção para essa população, afim de que não exista eventual contaminação de covid-19 numa população tão sensível”, afirmou.

Segundo informações do TRE, o Tribunal Superior Eleitoral está trabalhando com Funai, Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) e Fiocruz, para garantir a testagem para todos os não indígenas que precisem ingressar nas aldeias. Mas isso ainda está na fase de tratativas. Também tem sido colhido das zonas informações sobre o número de não indígenas que vão trabalhar nas aldeias (mesários, merendeiros, motoristas, pilotos, forças de segurança, entre outros). O TRE assegurou equipamentos de proteção individual a todos que vão atuar nessas eleições e busca garantir o menor número possível de pessoas nas aldeias.

Fonte: O Liberal

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