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Norte Energia apoia projeto que monitora gavião-real na Amazônia

Concessionária da UHE Belo Monte contribui com o Projeto Harpia, do INPA, que pesquisa as populações de águias de grande porte

Crédito da foto: Daniell Villar
Crédito da foto: Daniell Villar
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O Projeto Harpia, vinculado ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), monitora as populações de grandes águias brasileiras na Amazônia, Mata Atlântica e Cerrado. A iniciativa tem avançado no sudoeste do Pará e, desde 2012, conta com o apoio da Norte Energia, empresa privada, concessionária da Usina Hidrelétrica Belo Monte, para monitoramento do gavião-real (Harpia harpyja) na região.

Biólogos da empresa percorrem florestas do Médio Xingu, no entorno da Usina, e identificam áreas de ocorrência de indivíduos e de ninhos da espécie, considerada uma das maiores aves de rapina do mundo e a maior águia das Américas. O animal pode alcançar envergadura de 2,5 metros e pesar até 12 quilos, segundo os pesquisadores.

“O gavião-real é sensível às alterações ambientais, por isso é necessário investir em iniciativas de pesquisa e de sensibilização popular, gerando ações efetivas na proteção dessa espécie que é considerada um símbolo da biodiversidade brasileira e está vulnerável à extinção em todo o território brasileiro”, ressalta Roberto Silva, coordenador da Gerência de Monitoramento Socioambiental da Norte Energia.

Com o apoio da Norte Energia, além do gavião-real, ninhos de espécies de Arara Azul e Ararajuba também foram localizados na área de influência de Belo Monte. A empresa disponibiliza dados dos monitoramentos bióticos da Usina ao programa, bem como oferece suporte logístico durante as vistorias de campo em ninhos já mapeados.

A parceria entre Norte Energia e INPA é proveniente do Plano de Ação Nacional para Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção, o PAN-Xingu, com objetivo de assegurar a viabilidade populacional de espécies ameaçadas e endêmicas da fauna no Baixo e Médio Xingu. A ideia é conservar habitats e promover o desenvolvimento socioambiental nessas regiões.

De acordo com dados do Projeto Harpia, o mapeamento de ninhos na Amazônia possibilitou identificar áreas de ocorrência de outras aves, como o uiraçu-falso (Morphnus guianensis) e um gavião-de-penacho (Spizaetus ornatus), que contam com registros tão raros quanto os do gavião-real na natureza.

Em duas décadas de atuação, o Projeto Harpia integra pesquisadores parceiros, voluntários, estudantes e bolsistas para a realização da coleta de dados, projetos de educação ambiental e divulgação de informações relacionadas aos ninhos dos pássaros.

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