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PRF e Segup apreenderam mais de 16 toneladas de cocaína e maconha no Pará, em 2022 e 2023

Os dados atualizados de 2024 da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup) e da Polícia Rodoviária Federal mostram que 1.9 toneladas de maconha e cocaína já foram apreendidas

Legenda (Divulgação / PRF)
Legenda (Divulgação / PRF)
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As apreensões de cocaína e maconha feitas pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), totalizaram mais de 16 toneladas somente nos dois últimos anos. Em 2022, a quantidade desses dois tipos de entorpecentes confiscados pela Segup e a PRF foi de 3.4 toneladas e 2.3 toneladas, respectivamente. Já no ano passado, os números da Secretaria foram de 8.7 toneladas de cocaína e maconha confiscadas, enquanto a PRF contabilizou 1.8 toneladas apreensões das mesmas drogas. Os dados deste ano da Segup, que trata apenas do primeiro trimestre de 2024, juntamente com os registros parciais da PRF calculam 1.9 toneladas de maconha e cocaína apreendidas.

O balanço da Segup também revela que a maconha foi a droga mais apreendida em 2022 (1.9 toneladas) e 2023 (5.8 toneladas). Nos números da PRF, por outro lado, há uma divisão de qual entorpecente foi o mais apreendido nestes dois anos: cocaína em 2022 (1.7 toneladas); e maconha em 2023 (1.2 toneladas). Com relação a 2024, a cocaína (720,144kg) foi a droga mais apreendida pela Segup. A PRF, em contrapartida, tem a maconha (615 kg) como líder de apreensões até agora.

As apreensões de drogas realizadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) provocaram um prejuízo de, aproximadamente, R$ 430 milhões ao crime organizado só nos últimos dois anos. Esse número, disponibilizado pela instituição à reportagem, é referente às 2.5 toneladas e 1.9 toneladas de entorpecentes – cocaína, maconha, crack e skunk – apreendidos pela PRF em 2022 (dano à criminalidade de cerca de R$ 316 milhões) e 2023 (aproximadamente R$ 114 milhões), nesta ordem. Em 2024, os registros parciais mostram que, até o momento, a PRF causou um rombo no narcotráfico de quase R$ 20,5 milhões. Entre as apreensões mais recentes, está a de do dia 18 de março, com a descoberta de 447 kg de drogas – maconha e cocaína-, escondidos na cabine de um caminhão. 

Origem

Segundo a PRF, a origem da cocaína e substâncias derivadas apreendidas no Pará são da Colômbia - país em que a maior parte da Maconha é proveniente-, Peru e Bolívia.

Segundo a PRF, a origem da cocaína e substâncias derivadas apreendidas no Pará são da Colômbia – país em que a maior parte da Maconha é proveniente-, Peru e Bolívia. (Divulgação / PRF)

Segundo a PRF, a origem da cocaína e substâncias derivadas apreendidas no Pará são da Colômbia – país em que a maior parte da Maconha é proveniente-, Peru e Bolívia. Haroldo Teixeira Silva, superintendente da PRF no Pará, explica que a entrada desses entorpecentes aos municípios paraenses se dá por um estado vizinho, o Amazonas.

“O estado do Pará não é um produtor de droga. Na verdade, ele é um corredor de exportação, seja de forma externa para outros países ou mercado interno. Os nossos vizinhos Colômbia, Peru e Bolívia, país produtores de drogas, estão muitos mais próximos do Amazonas, que através de embarcações nos rios, chegam até Santarém, onde é feito uma logística de distribuição”, esclarece.

Atuação 

Para combater o tráfico de drogas, a PRF disse que intensificou as ações de fiscalização de veículos, pessoas e cargas nas dez rodovias federais que cortam o Pará: BR-155, 158, 222, 308, 316, 422, 163, 230, 010 e 153. Atualmente, a instituição conta com cinco delegacias e dez unidades operacionais, distribuídas estrategicamente em cerca de 5.057,8 quilômetros de vias federais do Estado.

No Pará, a PRF se destaca na “recuperação de veículos roubados, apreensão de drogas, armas, contrabando e descaminho, atuando efetivamente no combate aos crimes ambientais”.

Além da expertise do policial, a PRF possui um aliado fundamental nessa batalha contra o tráfico de drogas que é o cão farejador, cujo papel tem se tornado cada vez mais importante. Os animais são treinados e desempenham uma função crucial na identificação de substâncias ilícitas ocultas nos veículos, permitindo aos policiais uma atuação mais ágil e precisa.

Investimento

Foto: Divulgação / PRF

Sobre os dados apreensões, a Polícia Rodoviária Federal informou que os números são um reflexo dos “constantes investimentos feitos pela PRF em treinamentos especializados, garantem que os policiais estejam preparados para enfrentar os complexos cenários de atuação do crime organizado, identificando padrões suspeitos e conduzindo abordagens eficientes durante as fiscalizações”. 

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará reforçou que “os investimentos em equipamentos tecnológicos, a implantação da Base Fluvial e lanchas, inclusive blindadas, com atuação em áreas estratégicas, além do fortalecimento das atividades das agências de inteligência e ações integradas, têm resultado na constante apreensão de drogas, prisão de envolvidos na prática do tráfico e na desarticulação de organizações criminosas”. 

Destinação final

Após a apreensão, as substâncias são encaminhadas para a Polícia Judiciária (Civil ou Federal), que assume a responsabilidade da instauração do inquérito policial para conduzir as investigações.

Após a apreensão, as substâncias são encaminhadas para a Polícia Judiciária (Civil ou Federal), que assume a responsabilidade da instauração do inquérito policial para conduzir as investigações. (Divulgação / Segup)

As drogas apreendidas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Pará têm um destino determinado pelas normas vigentes. Após a apreensão, as substâncias são encaminhadas para a Polícia Judiciária (Civil ou Federal), que assume a responsabilidade da instauração do inquérito policial para conduzir as investigações. É o que diz o superintendente da PRF no Pará.

“Todas as apreensões que a Polícia Rodoviária Federal efetiva são entregues à Polícia Judiciária, que são as polícias Civil e Federal, responsáveis pelo inquérito buscando saber de onde vem e os responsáveis pela distribuição dessa droga apreendida”, relatou Haroldo Teixeira.

O destino final das drogas está diretamente ligado ao desenrolar dos processos judiciais. Dependendo das decisões judiciais e das evidências apresentadas, parte das substâncias apreendidas são utilizadas como provas em processos criminais. A Segup disse em nota que “todo o material apreendido é incinerado após procedimento judicial”.

Ainda de acordo com a PRF, o combate ao tráfico de drogas é uma das missões da instituição policial, que mira “desmantelar organizações criminosas e ao mesmo tempo, contribuir para a segurança pública, evitando que tais substâncias cheguem às mãos dos consumidores”.

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