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Produção de sabonetes com ativos naturais move projetos sociais e gera renda para paraenses

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Sabonetes são essenciais no dia a dia, tem diversos cheiros e formatos, são ótimas opções de presente e nos últimos anos, com a ajuda da tecologia, tem garantido inovações com propriedades e fragrâncias fornecidos pela natureza. Andiroba, murumuru e cupuaçu são alguns dos insumos fornecidos pelas comunidades paraenses que moram no entorno de uma das maiores fábricas de sabonetes do Norte, produzindo cerca de 300 milhões de pastilhas por ano.

A fábrica, que fica num ecoparque, em Benevides, na região metropolitana de Belém, mantém relacionamento direto com a comunidade ao redor e gera oportunidades para os fornecedores de matéria prima, parceiros da multinacional. Das 34 comunidades que fornecem matéria prima em todo país, 18 são do Pará.

Segundo Raoni Silva, gerente de relacionamento e abastecimento da sócio-biodiversidade da Natura, a empresa trabalha em parceria com cooperativas e associações de pequenos grupos familiares.

“Nos últimos anos a gente passou a ter um trabalho com uma equipe própria fazendo esse acompanhamento junto aos grupos no campo. Acompanhamos boas práticas de manejo e cultivo que eles realizam, acompanhamos de modo geral desde a organização da produção, além de realizar auditoria junto a esses grupos dentro do princípio do biocomércio ético”, afirma Raoni.

Esses produtores passam a ter uma série de benefícios ao fornecer materiais antes não tão valorizados para fabricação de sabonetes.

“Garantimos o mercado formal, muitos desses insumos não eram comercializados. Fornecemos nota fiscal, pagamento em conta bancaria, ajudamos no desenvolvimento do grupo a valorizar espécies que até antes não eram valorizadas, conservando a floresta em pé. Eles podem provar a atividade de produtor e conseguir aposentadoria, auxílio gestação, além de ter uma nova geração de renda”, detalha ainda.

Ativos naturais

Em Santo Antônio do Tauá, nordeste do Pará, está uma das maiores comunidades fornecedoras de ativos naturais. Gilson Santana, presidente da cooperativa Camtuá, conta que cerca de dez famílias trabalham na extração de andiroba e murumuru.

“A gente trabalha desde 2007 pra Natura. Temos acompanhamento direto durante a produção. Eles dão o suporte desde equipamento de proteção individual a casinha de secagem”, conta Gilson.

Casado e pai de dois filhos, o extrativista começou no ramo incentivado pela mãe e afirma que antes da parceria com a empresa, nem imaginava o valor da matéria prima.

“Para a maioria dos cooperados é um complemento da renda. E é uma satisfação poder ver nos comerciais passar aqueles produtos e saber que saiu daqui do estado, pois conseguimos extrair e preservar”, garante o extrativista.

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