Pelo jeito a prefeitura de Altamira, no sudoeste do Pará, tomou uma decisão na contramão da forma que vem sendo orientado pelos países, estados e municípios e pela Organização Mundial de Saúde – (OMS), no momento em que o mundo vivencia a pandemia do Coronavírus. Na tarde desta quinta-feira, 19, vários servidores lotados na Secretaria de Saúde do município, foram surpreendidos com o fim do contrato de trabalho. Os profissionais demitidos são técnicos de enfermagem, técnicos de laboratórios, agente administrativo, pessoal dos serviços gerais e vigilantes, que trabalhavam na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no Hospital Municipal e no núcleo da Secretaria.
Por enquanto, nem mesmo o Conselho Municipal de Saúde sabe quantas pessoas teriam sido demitidas e o porquê.
O presidente do Conselho, Silvano Fortunato, marcou uma reunião extraordinária para estar sexta-feira, às 08h, para discutir esse e outros assuntos que a administração municipal não teria atendido as orientações do Conselho em relação a prevenção do vírus no município.
A situação da Saúde de Altamira tem se tornado destaque em todo o Estado nos últimos meses, ora por cortes no fornecimento de energia dos principais prédios de atendimento à população, ora por falta de pagamento dos profissionais e agora com demissões em plena campanha de combate à epidemia que tem assustado o mundo inteiro. “O Senhor sempre gostou e contratou, sob o pretexto de temporariedade, pessoas para desenvolverem funções de caráter permanentes, e com a agravante de que o critério observado sempre foi o político. O Senhor sabe que estamos vivenciando neste momento uma situação bastante crítica, com a pandemia do Coronavirus se alastrando em várias cidades. O momento legal de contratar, senhor prefeito, temporariamente, servidores para a saúde é este, e não o de demiti-los”, afirma uma nota assinada pelo Vereador de Altamira, Agnaldo Rosas (PSB).
Por: Wilson Soares – A Voz do Xingu
