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Família paraense percorre hospitais em Brumadinho (MG) à procura de vítima da tragédia

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Familiares da paraense Lenilda Cavalcante Andrade, 36, uma das pessoas desaparecidas após o rompimento de uma barragem da Vale no Córrego do Feijão, percorreram hospitais em Brumadinho (MG) e ainda não tiveram informações.

A família saiu do Pará e chegou na cidade mineira na noite de sábado (26), depois que Lenilda apareceu na lista divulgada pela Vale de possíveis vítimas da tragédia que ainda não haviam sido contatadas. Lenilda trabalhava como técnica em planejamento da mineradora.

“Eles (representantes da Vale) recebem a gente muito bem no local de apoio e de vez em quando divulgam uma relação, mas não dizem que hospitais eles estão, quantas pessoas estão internadas”, disse Maria das Graças Cavalcante, tia da vítima.

Os pais – Manoel Andrade e Maria Ivone Cavalcante Andrade – e Maria das Graças chegaram na cidade na noite de sábado (26) e estão no apartamento de Lenilda em Brumadinho atrás de notícias e também para ficar com o filho da vítima, Victor Emanuel, de 19 anos. O pai do jovem também viajou para a cidade mineira.

Os familiares disseram que, além de sair a procura por conta própria em hospitais, estiveram junto à Polícia Civil, realizando um cadastro para ser enviado ao Instituto Médico Legal (IML) de Minas Gerais.

a tia da paraense Lúcia Ramos disse, no sábado (26), que o sentimento de angústia predomina em todos, mas ainda há uma ponta de esperança.

“Angustiados, todo mundo ansioso. Muito difícil você ficar tranquilo vendo que o filho está nessa situação e você não saber de nada. Estão indo com a esperança de encontrar. Mas também estão indo com o coração partido. Todos nós temos fé de que vão encontra-la”, contou.

Ida pra Brumadinho

Lenilda Cavalcante Andrade é funcionária da Vale há aproximadamente 10 anos. Ela trabalhou para a empresa em Parauapebas até 2016, quando foi transferida para Brumadinho.

Os pais de Lenilda moraram por um tempo com a filha na cidade mineira, mas acabaram retornando para Parauapebas depois o pai da vítima ter ficado desempregado.

“Estavam morando Brumadinho e voltaram para Parauapebas no final de 2018. Eles moraram dois anos lá, mas o pai dela ficou desempregado e voltaram para Parauapebas”, disse a tia Lúcia Ramos.

“O nosso último contato pessoas com ela foi no Natal, quando ela passou as férias dela aqui conosco”, contou.

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