Menu

Aumento de combustíveis impacta alimentação e transporte no Pará, diz Dieese

Continua após a publicidade

Combustíveis comercializados nas refinarias da Petrobrás ficarão mais caros a partir de hoje, conforme anunciado na manhã desta quinta-feira (18) pela companhia. A gasolina terá aumento de 10,2%, o que significa que será comercializada nas refinarias a R$ 2,48, após acréscimo de R$ 0,23. O óleo diesel, por outro lado, terá aumento de 15,1%, ou seja; o litro será vendido por R$ 2,58, um acréscimo de R$ 0,34. Para o consumidor paraense, o anúncio é sinal de que a alimentação, que já está cara, provavelmente passará por novos aumentos também, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos. (Dieese)

No ano, é o quarto aumento da gasolina e o terceiro do óleo diesel. Os valores cobrados nas refinarias correspondem a cerca de 33% do preço pago pelos consumidores finais da gasolina e a 51% do preço final do diesel nos postos, segundo a estatal. A Petrobrás explica que “até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis, além das margens brutas das companhias distribuidoras e dos postos revendedores de combustíveis”.

De acordo com o economista e supervisor técnico do Dieese, os aumentos não influenciam apenas o mercado de combustíveis, mas também uma série de outros produtos, já que afetam também outros sistemas de produção e transporte. “No Pará, o aumento dos combustíveis, principalmente do diesel, tem um grande impacto porque nós importamos mais de 70% dos alimentos que consumimos. Nós encerramos 2020 com quase 20% de aumento no preço da cesta básica e iniciamos o ano com novos aumentos. Está aumentando tudo de novo”, explica.

A maioria das frutas e verduras comercializadas no Pará vem de outros Estados, como Pernambuco, Bahia e Ceará, por meio de estradas. Por isso, a alta do óleo é responsável, consequentemente, pelo encarecimento do frete dos caminhões. “Então, quando chegamos em uma época de grandes chuvas, como estamos agora, caem barreiras, como ocorreu em Tomé Açu. O setor empresarial não absorve a alta dos fretes, dos combustíveis, isso tudo vem para os consumidores. Daqui a pouco, terá aperto também sobre a tarifa de ônibus. É toda uma sequência de aumentos que teremos”, afirma Roberto Sena.

A gasolina, com os quatro aumentos consecutivos, teve aumento acumulado de 34% em relação ao ano passado, enquanto o do diesel foi de quase 30%, levando em conta também os três aumentos já efetuados neste ano. “As consequências para nós, do Pará, são graves, estamos vendo uma onda de aumentos, em um momento de pandemia, sem salários, sem auxílio emergencial. Então, significa mais inflação e mais aumentos de preços”, enfatiza.

Segundo o governo federal, os preços praticados nas refinarias da Petrobras são reajustados de acordo com a taxa de câmbio e a variação do preço internacional do petróleo, negociado em dólar.

No mês passado, em 18 de janeiro, a estatal anunciou um aumento médio de R$ 0,15 para a gasolina e manteve o preço do diesel. No dia 26 do mesmo mês, um novo reajuste elevou o preço nas refinarias em R$ 0,10 para a gasolina e em R$ 0,09 para o diesel. Já em 8 de fevereiro, foi anunciado um aumento de R$ 0,17 para a gasolina e de R$ 0,13 para o diesel.

Fonte: O Liberal

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: Conteúdo protegido.