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Desmatamento na Amazônia Legal atingiu 384 quilômetros quadrados de agosto de 2018 a março deste ano

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O  desmatamento na Amazônia Legal, de acordo com boletim do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), aumentou 384 quilômetros quadrados, no período de agosto de 2018 a março de 2019, se comparado ao período anterior (agosto de 2017 a março de 2018).

O número representa um aumento de 24% na destruição das florestas nos oito primeiros meses do atual calendário do desmatamento. Pará (755 km²), Mato Grosso (442  km²) e Amazonas (294 km²) lideram o ranking dos estados que mais desmataram no período.

O desmatamento da Amazônia Legal somente no mês de março, de acordo com boletim do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), alcançou 67 quilômetros quadrados.  Mas, a pesquisa mostra uma redução de 77% em relação a março de 2018, quando o desmatamento atingiu 288 quilômetros quadrados. O desmatamento ocorreu no Mato Grosso (37%), Roraima (21%), Amazonas (18%), Rondônia (18%), Pará (4%) e Acre (2%).

Já as florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 25 quilômetros quadrados. Apesar do número ser considerado alto, o boletim do desmatamento aponta que houve uma redução de 75% em relação a março de 2018, quando a degradação florestal totalizou 102 quilômetros quadrados. Os estados de Roraima (64%), Mato Grosso (28%) e Pará (8%) são os mais afetados.

No mesmo mês, a maioria do desmatamento (58%) ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse. O restante foi registrado em áreas de assentamentos (31%), Unidades de Conservação (9%) e Terras Indígenas (2%).

Avanço da degração florestal sobre áreas indígenas

Entre 2006 e 2017, aproximadamente 75% da degradação florestal em Áreas Protegidas da Amazônia Legal ocorreram em Terras Indígenas e 25% em Unidades de Conservação, segundo dados do Imazon.

Neste período, os pesquisadores identificaram mais de 2 mil quilômetros quadrados de degradação dentro de terras indígenas, o que aponta a pressão sobre as áreas de florestas protegidas na Amazônia.

Os principais instrumentos da degradação detectados nestas áreas, são incêndios florestais e exploração predatória de madeira.provocando perda de biodiversidade, biomassa e serviços ambientais, afetando a integridade da floresta.

Porém, os pesquisadores defendem que é possível deter o avanço da degradação florestal sobre essas áreas, por meio do monitoramento, implementação de sistema de risco de queimadas, capacitação de comunidades para manejo e controle de fogo, entre outras medidas, que precisam ser viabilizadas por órgãos de fiscalização ambiental e pelo Corpo de Bombeiros.

MPF divulgará o Projeto Amazônia Protege em segunda fase 

O Ministério Público Federal (MPF) divulgará nesta sexta-feira, 3, os resultados da segunda fase do projeto Amazônia Protege, que busca identificar e punir desmatadores ilegais da floresta amazônica, através de utilização de imagens de satélite e do cruzamento dessas informações com bancos de dados públicos.
A primeira fase do projeto teve como alvo os desmatamentos registrados por satélite entre 2015 e 2016 e resultou em 1.088 ações judiciais instauradas, com 1.001 réus e R$ 2,4 bilhões em indenização. O total ultrapassou 151 mil hectares.
Será divulgada pelo MPF a quantidade de ações propostas contra desmatamentos ilegais com área igual ou superior a 60 hectares, total de hectares alvo de ação, quantidade de réus e valores de indenização pedidos, entre outros dados relevantes para o projeto.
O MPF pede o pagamento de indenizações relativas aos danos materiais e morais, causados pelo ilícito, com a reversão dos valores da condenação para os órgãos de fiscalização, além de recomposição da área degradada. Em sua segunda fase, apresentada no ano passado, o projeto identificou mais de 1,5 mil polígonos de desmatamento ilegal registrados entre 2016 e 2017 e que podem ser alvo de ação civil pública do MPF.

Com informações do Imazon/MPF

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