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Pai de jovem encontrado morto é preso por suspeita de tortura e cárcere em Oriximiná

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Mesmo após o naufrágio da lancha em que seguiam para a comunidade Abuí, na manhã desta quinta-feira (31), policiais civis e militares de Oriximiná deflagraram a Operação “Abuí Pacificado” com o objetivo de combater a escalada da violência nas comunidades quilombolas do Abuí e Sagrado Coração de Jesus, distantes 300 km da sede do município. No local, os policiais prenderam João Pires Cole, suspeito de ter torturado e mantido em cárcere Joel Vieira. Segundo a polícia, João culpa Joel, pela morte de seu filho Moisés Cole, ocorrida em 29 de janeiro.

A polícia está investigando as circunstâncias da morte de Moisés Vieira Cole. De acordo com informações preliminares, no dia 29 de janeiro, por volta das 16h, nas proximidades da localidade conhecida como “Cuecezinho”, os moradores da comunidade do Abuí, Joel Vieira e Moisés Vieira Cole, estavam em um motor rabeta pescando e ingerindo bebida alcoólica. Após enfrentarem uma tempestade com ventos fortes e águas agitadas, foram atingidos por uma onda o que provocou o naufrágio da embarcação.

Moisés teria morrido afogado e seu corpo só foi encontrado no dia seguinte, submerso. Desde então, o pai da vítima, João Pires Cole e seu outro filho conhecido pelo apelido de “Zeco”, teriam capturado e agredido Joel com pauladas e socos.

“Eles amarraram Joel com uma corda nas mãos e pés, levando para lugar incerto, possivelmente para matá-lo. Nossa equipe conseguiu prender João em sua residência com uma arma de fabricação caseira e uma arma de fogo tipo espingarda calibre 12. Joel foi ameaçado de morte várias vezes pelos algozes, que atribuíam a ele a responsabilidade pela morte de Moisés. O Joel foi liberado pelo acusado horas antes da nossa chegada, após ficar em cárcere privado e ser torturado por um dia e meio”, relatou o delegado William Fonseca.

De acordo com o delegado, diligências ainda estão sendo realizadas para capturar o foragido da Justiça “Zeco”, que não retornou à penitenciária de Santarém após a saída temporária de Natal. “Na diligência, contamos com o apoio de dois policiais militares e da Mineração Rio do Norte. Estamos sediados em Porto Trombetas e preparando a realização de novas diligências pela manhã”, disse Fonseca.

A notícia da onda de violência nas comunidades quilombolas Abuí e Sagrado Coração de Jesus chegou ao conhecimento da Polícia Civil após veiculação de um áudio contendo um pedido de ajuda que circulou nos grupos de notícias de Oriximiná.

G1 Santarém

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