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Pesquisa do Ministério do Turismo aponta que região norte obteve maior crescimento em hospedagens no país

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O Ministério do Turismo divulgou dados da Sondagem Empresarial do Setor Hoteleiro no Brasil, apontando que o Norte é a região que mais cresceu no segmento de hospedagens durante o segundo trimestre de 2019.

Ao todo, 1.173 empresários do setor hoteleiro, de todas as Unidades Federativas do Brasil responderam às perguntas em todo o mês de julho de 2019. A pesquisa teve apoio das secretarias e órgãos estaduais de Turismo e entidadades do setor.

Os números também apontam que a região é a que tem maior expectativa de crescimento, comparando a percepção dos empresários do setor quanto ao desempenho dos estabelecimentos no segundo trimestre de 2019 com o mesmo período de 2018, além de avaliar a perspectiva para o próximo semestre.

O boletim mostra que os empresários de hotelaria da região Norte foram os que mais aumentaram seu faturamento dentre as demais regiões: 36,3% deles disseram ter tido alta na receita da empresa este ano e 64,7% acreditam que vão faturar ainda mais nos próximos seis meses.

Já 35,4% dos entrevistados disseram que houve aumento na rentabilidade do setor de turismo no segundo trimestre deste ano. Além disso, 46,6% afirmaram que têm perspectiva de crescimento para os próximos seis meses. Quanto à demanda pelo destino, 38,8% dos empresários afirmaram que houve aumento e 52,1% creem no avanço ainda maior para os próximos meses.

Os dados, que acompanham o otimismo registrado pelo boletim nacional da pesquisa, divulgado neste mês, mostram que a despesa dos visitantes na região também cresceu na comparação entre abril e junho de 2019 e 2018: 31,7% dos entrevistados afirmam que o gasto do turista aumentou em seus estabelecimentos e 57,3% apostam em um gasto ainda maior até janeiro de 2020.

A pesquisa faz parte da segunda etapa da Sondagem Empresarial do Setor Hoteleiro no Brasil, promovida pela Diretoria de Estudos Econômicos e Pesquisas do MTur, através de questionário eletrônico. São consultadas empresas de hospedagem de todos os portes, entre hotéis, pousadas, resorts e acampamentos turísticos. Ao todo, 1.173 empresários do setor hoteleiro, de todas as Unidades Federativas do Brasil, responderam às perguntas em todo o mês de julho de 2019. A pesquisa teve apoio das secretarias e órgãos estaduais de Turismo e entidadades

Representante do setor no Pará questiona os dados da pesquisa do MTur

O assessor jurídico do Sindicato dos Bares, Hotéis, Restaurantes e Similares do Pará, Fernando Soares, afirma que leu os dados com entusiasmo, mas também com reservas à pesquisa. “Não foi divulgado em que estados houve esse incremento. Qual motivo desse crescimento?”, questiona.

Ele assegura, que em 30 anos atuando no setor no Pará, nunca houve um crescimento no trimestre desta proporção. Fernando Soares lembra, que no Pará, o segundo trimestre (abril, maio e junho) é  época de chuva, portanto, muito improvável que turistas sejam atraídos para este período.

Os meses fortes para o turismo no Pará são, julho, agosto e setembro, temporada de férias e sol na Amazônia. “Não estou querendo criticar nem agourar. Óbvio que torcemos para esses dados serem realidade. Mas, esses 36% foram onde. Quais estados? Se foi turismo de negócio, qual tempo médio de negócios?”, questiona.

No caso do Círio de Nazaré, que ocorre no mês de outubro e atrai muitos turistas, ele cita que é específico para a capital do Pará, portanto, não está incluído nesta pesquisa.

Soares acredita que os números são muito vagos, apesar da informação ser boa. No entanto, os dados não especificam o setor e não têm elementos de convicção.

O que pode ter acontecido, mas já em relação a agosto, foi a vinda de muitos profissionais de imprensa, militares, entre outros, para atuar nos estados da Amazônia Legal com focos de incêndio na floresta.  “Não consegui compreender a metodologia da aferição desses números”, lamenta Fernando Soares.

Fonte: Portal Roma News

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