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MP diz que vai investigar viagem de prefeito do interior do Pará à África

Prefeito de Porto de Moz, Berg Campos (PTB) tirou férias e foi a Moçambique com outras 25 pessoas, incluindo servidores e médico que atua na cidade. Não se sabe se servidores também estão de licença.

Foto: Reprodução da Internet
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O Ministério Público do Pará (MPPA) informou, nesta quinta-feira (9), que vai abrir um procedimento administrativo na Promotoria de Justiça de Porto de Moz, sudoeste do estado, para investigar a viagem do prefeito da cidade para uma ação religiosa em Moçambique, na África.

Segundo o MPPA, a informação não era de conhecimento do órgão até a reportagem do g1.

Berg Trabalho Campos (PTB) e outras 25 pessoas saíram de Porto de Moz no último dia 1º de junho. Ele foi acompanhado de servidores municipais e familiares, que também são funcionários. Nas redes sociais, o gestor anunciou que foi arrecadado R$140 mil para custear a viagem.

Um médico da Saúde da Família e um dentista que atuam na cidade fazem parte do grupo. Segundo moradores, só há um outro médico atendendo no hospital da cidade, mas a prefeitura não confirmou a informação.

Prefeito, servidores e familiares de Porto de Moz vão à África para missão religiosa. — Foto: Reprodução / Facebook

Prefeito, servidores e familiares de Porto de Moz vão à África para missão religiosa. — Foto: Reprodução / Facebook

A assessoria de comunicação da prefeitura esclareceu, por telefone, que o prefeito entrou de licença entre os dias 1º a 24 de junho, período em que ele deve permanecer no país africano.

A assessoria, no entanto, não soube informar se todos os servidores que estão na viagem também estão de licença.

Ainda segundo a assessoria, a ida ao continente não é ação direta da prefeitura, mas ligada à igreja.

Nas redes sociais, o prefeito e outras pessoas do grupo publicaram fotos da viagem.

Grupo de servidores, familiares e prefeito de Porto de Moz viajam para África. — Foto: Reprodução / Instagram

Grupo de servidores, familiares e prefeito de Porto de Moz viajam para África. — Foto: Reprodução / Instagram

No portal da transparência do município, a última atualização na seção de diárias e passagens é do mês de maio e também não foram localizadas as autorizações para viagem.

O grupo de 26 pessoas inclui servidores da prefeitura; a filha da prefeito; e a irmã dele, com o marido. O retorno está previsto para o dia 20 de junho, segundo a assessoria da prefeitura.

Em um vídeo gravado pelo prefeito, ele diz que R$50 mil foram arrecadados em doações durante uma live, e mais R$90 mil em grupos de Whatsapp, totalizando R$110 mil em doações espontâneas.

O dinheiro, ainda segundo ele, foi destinado para custeio da ida do grupo à África

Segundo o site da Igreja Adventista, o projeto Missão Calebe é voluntário, envolvendo serviço social e de evangelização, o qual jovens dedicam as férias.

O intuito do projeto é de mobilização em toda a América Latina para ações em lugares onde não há presença adventista.

g1 questionou a assessoria da prefeitura se todos os servidores envolvidos na viagem à África estão de férias e também se a cidade ficou com apenas um médico para atendimento, mas recebeu respostas.

Fonte: G1 Pará

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