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MPF pede na justiça pagamento de seguro-defeso retroativo e indenização a pescadores do Xingu, no Pará

Medida deve beneficiar os pescadores nos municípios de Altamira, Anapu, Brasil Novo, Medicilândia, Porto de Moz, Senador José Porfírio e Vitória do Xingu.

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O Ministério Público Federal entrou nesta semana com uma ação na Justiça para obrigar o governo federal a pagar os retroativos do seguro-defeso aos pescadores do Xingu, no Pará. A ação do MPF também pede indenizações por danos individuais, de R$ 10 mil para cada pescador, e por danos morais coletivos, de R$ 5 milhões.

A medida deve beneficiar os pescadores nos municípios de Altamira, Anapu, Brasil Novo, Medicilândia, Porto de Moz, Senador José Porfírio e Vitória do Xingu.

Contexto

Entre os anos de 2015 e 2016, por causa de uma portaria do governo federal, pescadores de todo o país não receberam o seguro-defeso. O benefício assegura a sobrevivência durante os períodos de piracema dos peixes, em que a legislação ambiental proíbe a pesca.

A suspensão foi considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, que ordenou o pagamento retroativo dos períodos em que o seguro foi suspenso. Porém, os pescadores da bacia do rio Xingu, no Pará, não receberam o pagamento.

A portaria que suspendeu os períodos de defeso se baseou em uma nota técnica do Ministério do Meio Ambiente, que desconsiderou a preservação da vida marinha, lacustre e fluvial, bem como a subsistência dos pescadores artesanais.

Após a decisão do STF em 2020, o MPF em Altamira questionou o Instituto Nacional de Seguridade Social sobre o cumprimento da decisão aos pescadores da região do médio Xingu. O Instituto reconheceu que os pagamentos são devidos e deveriam ser pagos imediatamente, o que não ocorreu.

Ação do MPF

Para o MPF, além dos valores do seguro, os pescadores da região também devem receber pelos danos individuais, já que tiveram o sustento de suas famílias prejudicado pela decisão do governo federal.

Mesmo que pescassem, acrescenta o MPF, o sustento de suas famílias estaria ameaçado, porque na época da reprodução das espécies o pescado não tem tanto valor comercial

Por esses motivos, e porque os pescadores artesanais compõem um grupo socialmente vulnerável, o MPF pede que a União indenize individualmente todos com o valor de R$ 10 mil.

Fonte: G1 Pará

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